sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A entrada e a saída

Meus queridos,

quando eu passei pro IME, ouvi q estava diante da primeira alegria: a de entrar. Depois disso, só haveria a segunda alegria 5 anos depois: a de sair. Não vou ser tão radical, a ponto de dizer q só houve essas duas alegrias. Mas certamente foram as mais marcantes. Considero que grande parte das alegrias que acontecem durante os 5 anos não têm a ver diretamente com a atividade de estudos, mas sim têm relação com a convivência diária entre os amigos e colegas de turma. Outro dia, vou escrever mais sobre essas amizades. No dia de hoje, quero escrever sobre a alegria de sair. E pela porta da frente, claro.



Ontem, foram completados 9 anos da minha festa de formatura. Não sabia q o tempo passaria tão rápido. Mas passou. Voou. Por coincidência, ontem foi a cerimônia da formatura da turma 2012. E aí as sensações se misturam: ontem eu tive motivos pra me alegrar por lembrar da minha festa e ainda por "ver" caras q foram meus alunos se formando. Fantástico.

Sempre fico eufórico quando lembro dessa data. Foram dois dias mágicos: 28/11 (cerimônia) e 29/11 (festa). Quando entrei no IME, via a formatura tão longe, mas tão longe, q nem conseguia imaginar. Lembro q estava no 3º ano quando vi a entrega de espadas pela primeira vez. Sinceramente, não mexeu nem um pouco comigo. Eu ainda estava tão longe q não conseguia me ver naquela situação. No final do 4º ano, participei da cerimônia, trabalhando. Aí sim, consegui imaginar como seria depois de um ano. Via a família dos colegas da turma de cima e ficava imaginando a minha família ali. Pois bem, depois disso, sempre q ouvia falar da formatura, eu ficava balançado. Mas o 5º ano também é muito longo, muita coisa acontece, e a gente acaba ficando preso nas atividades diárias, sem tempo pra lembrar de como está perto de terminar. O tempo vai passando e vc vai vendo o fim se aproximar ainda mais. Até q começam os treinamentos para a cerimônia.

Aqui vai uma pausa. Para quem não conhece, o IME tem a cerimônia acadêmica no auditório, onde são entregues os diplomas. Essa é simples. Na sequência, na praça, existe a cerimônia de entrega de espadas aos agora 1ºs Tenentes do Exército. Como toda cerimônia militar, existem os procedimentos para incorporação da Bandeira, o desfile, e tal. Para que tudo saia corretamente, os treinamentos são bem puxados. No meu caso, foram 2 semanas intensas. Sol, chuva, tudo... E um fantasma: se no dia da formatura estiver chovendo, só seria realizada a cerimônia no auditório. Sem a parte bonita na praça. Po, isso seria bastante frustrante.

No dia 28/11, aniversário do meu sobrinho (quase irmão), a chuva caía... e caía... o dia todo. No fim da tarde, diminuiu. Quase parou. A cerimônia do auditório começou, como tinha q ser, bem simples. Terminou, e a dúvida: vai rolar ou não na praça? Amigos convidados, familiares... e de repente, nada rola??? Mas a chuva parou mesmo e deu tudo certo. A frase q ouvimos de um oficial do Corpo de Alunos: "São Pedro segurou a chuva pra ver vocês melhor!"


A cerimônia maravilhosa, deu tudo certo, todos chorando horrores. A sensação de ter concluído. Putz, é sinistro demais. Quando se joga o quepe pro alto, a sensação é de liberdade. Felicidade. Aí a gente esquece de tudo. Nada mais importa. Lembro q uma coisa q me surpreendeu e emocionou foi a queima de fogos. Na saída do desfile, a queima de fogos para saudar a nova turma de formados. Po, nunca tinha sido o motivo de nenhuma queima de fogos. Muito maneiro.

No dia seguinte, 29/11, a festa. Familiares, amigos, todos reunidos. A celebração de uma festa de gala, pra homenagear os novos formados. E nossa homenagem a quem nos permitiu chegar ali: Deus e os pais. Vc participar de uma festa de gala, com tudo liberado, com muitos dos seus melhores amigos. Não tem preço.

Naquela semana, a sensação foi: tudo valeu a pena. Todas as noites em q sofri pra estudar, noites sem dormir, incertezas sobre as provas, ralação, acampamentos, fome, frio, etc.. Tudo isso é secundário. A dor é passageira, o orgulho é pra sempre. Se fosse necessário sofrer tudo de novo, só pra ter a chance de viver de novo essa semana, eu faria. Deu tudo certo. Vencemos. Ninguém tira isso da gente.

E nesta semana, algumas sensações me visitaram de novo: alegria por lembrar da data. Revi amigos, um almoço pequeno, mas pra reencontrar uma galera importante na minha vida. A formatura deste ano, que teve alunos meus no curso antes de entrar e alunos que encontrei no 4º ano de Computação, onde ministrei aulas em 2011. Orgulho de ver que esses caras se formaram. Agora são ENGENHEIROS. Parabéns a todos da turma 2012. Eu realmente sou um privilegiado por Deus, por ter feito parte de um pouquinho dessas conquistas.

Parabéns aos meus colegas, da turma Bicentenário do nascimento do Duque de Caxias. Nós vencemos!

E na semana q vem, muitos viverão a primeira alegria do IME: a de entrar. O resultado sai na quarta, dia 5. Antecipadamente, parabéns aos aprovados.

IME, BRASIL!!!

Obs.: Pra quem está na luta, ainda esperando por EFOMM e EN, continuem na fé. Estes momentos de vocês também estão se aproximando.

A aprovação é logo ali. Beijomeliga.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Agradável surpresa: livro do Vitor Belfort

Meus queridos,

no final do mês passado, ia viajar e estava me sentindo incomodado de não ter nada pra ler no avião. No aeroporto mesmo, comprei o livro do Vitor Belfort, chamado"Vitor Belfort - Lições de garra, fé e sucesso".



A princípio, comprei pq gosto do esporte dele e gostei da postura quando foi treinador do The Ultimate Fighter. Não sabia mais muita coisa a respeito dele como lutador, mas sabia do caso do sumiço da irmã. Não criei grandes expectativas, mas achei que mereceria a leitura, já que eu estava a ponto de ficar algumas horas preso no avião mesmo...

Confesso que quando li sobre o lançamento do livro, achei meio estranho um cara de 30 e poucos anos, ainda em plena atividade, escrever um livro de autobiografia. Sei lá, não me soou muito bem.

Pois bem, queridos, as impressões negativas pararam aí. O livro é bem interessante, ele divide em capítulos em que compara as situações na vida com os movimentos de um lutador no octógono ou na preparação para uma luta. E acreditem, realmente existe muita coisa semelhante.

Como vocês sabem, gosto de fazer comparações entre a vida de atleta e a vida de um aluno que quer passar nos concursos mais difíceis do Brasil. No livro, existem críticas bem interessantes, análises de como vc pode encarar a vida em diversas situações e como a sua postura pode influenciar decisivamente o resultado. Neste sentido, de tomar as rédeas da situação e vc se responsabilizar pelo resultado, existe um outro autor que gosto, chamado Augusto Cury.

Ainda falando um pouco sobre assumir a responsabilidade, considero que esta é a grande (talvez a maior) diferença entre os alunos que serão aprovados e os que não serão. Quem quer ser aprovado corre em busca de fechar todas as lacunas, não fica esperando cair do céu. Mais ainda, não se limita a 'entender' uma solução de exercício, mas busca possíveis variações e suas consequências, para ver se realmente sabe como aquele troço vai funcionar. Isto é um grande diferencial.

Para os alunos que vão fazer o ITA, continuem focando no trabalho. Há muito oq construir.

Pra quem não vai pro ITA e ainda não começou a pensar em 2013, a hora de começar é agora. Muita gente já está correndo atrás de se planejar para ter um ano produtivo. Não durma no ponto.

A aprovaçãoe é logo ali.

Beijomeliga!


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Os dois dias mais importantes da vida

Meus queridos,

hoje acordei com uma vontade grande de falar pra vocês sobre coisas mais filosóficas, sentimentais mesmo, sair um pouco do dia-a-dia de falar sobre concursos em si. Ainda pela manhã, li um artigo numa revista que me inspirou para escrever um pouco sobre isso. Aí agora, depois do almoço, vi um vídeo que também contribuiu. Vamos bater um papo sobre isso...

O artigo na revista tratava da história de um alto executivo que viajou para uma tribo de anciãos e foi questionado por um deles: "Quais são os dois dias mais importantes da sua vida?" O alto executivo, exemplarmente qualificado, instruído e experiente no mercado, respondeu: "O dia em que eu nasci e o dia em que vou morrer." Provavelmente, a maioria de nós responderia a mesma coisa.
O ancião replicou, dizendo que o executivo estava errado: "O primeiro dia você acertou. É o dia em que você nasceu. Porém, errou o segundo. O segundo dia mais importante da sua vida é quando você descobre o motivo de ter nascido."


Neste momento, eu fiquei pensando se concordava com isso. E concordo. Nossa vida não é completa até descobrirmos o motivo de estarmos aqui. O motivo de estarmos fazendo oq fazemos. Muita gente por aí não vive, apenas sobrevive. Muita gente não tem sonhos, não ajuda ninguém, não beneficia a sociedade. Apenas trabalha e paga as contas. Ou trabalha e junta dinheiro. Galera, o dinheiro por si só é muito pouco. O que é importante é oq vc pode fazer com ele. Ele sozinho não te dá nenhuma satisfação. Então, concordo plenamente com o ancião que disse que o segundo dia é quando descobrimos o motivo de termos nascido. Graças a Deus, acho que já descobri o meu. Participar da aprovação de centenas de alunos, talvez milhares, em instituições militares de alto nível. Alunos que tiveram suas vidas mudadas, passaram a ser pessoas mais seguras, responsáveis, mais felizes. Quantos alunos não vieram de famílias pobres e hoje estão em outro patamar porque estudaram? Po, fazer parte disso é fantástico. Ser professor é isso. Mais ainda, vivemos o sonho junto com a pessoa. Choramos juntos, gritamos juntos. Não há dinheiro no mundo que pague esses sentimentos.

O vídeo que assisti agora de tarde é este:


O que você quer ser quando crescer? Quando você descobre isso de verdade, você descobre o motivo de ter nascido. Graças a Deus, posso dizer que nasci para participar da mudança de vida de muitas pessoas. Pena não conseguir fazer isso por mais gente. Pena que ainda tenho limitações de tempo e não consigo atender a todos que poderia atender. Mas certamente posso me considerar realizado, porque se tivesse ajudado a mudar a vida de um cara, só um, como alguém me ajudou lá atrás, quando eu era um adolescente sem saber oq fazer da vida, já teria valido a pena. Só posso agradecer a Deus por me proporcionar esta felicidade.

E você, já sabe oq quer ser quando crescer? Se você quer estudar e mudar de vida, ser aprovado em um concurso de alto nível, poder dizer que vc passou, é hora de começar a se movimentar. Em 2012, tive o prazer de conviver com dezenas de alunos que sentiram o gostinho de trabalhar e ver o resultado. Alunos que batalharam e conquistaram seus objetivos. Eu só posso agradecê-los por terem me dado tanto orgulho e terem me deixado participar de suas histórias. Obrigado, de coração.

Como não tinha feito antes, parabéns a todos os aprovados na EFOMM e na 1a fase, especialmente os aprovados do SEI. Vocês cada vez mais me deixam bobo de alegria.

Ainda temos a discursiva do IME, a prova remarcada da Escola Naval e o concurso todo do ITA.

Vamos que vamos!

A aprovação é logo ali.
Beijomeliga.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

E com o resultado EFOMM 2013...

Meus queridos,

estamos chegando ao final de setembro... os concursos chegam, vão embora, chegam outros... e hoje é o dia previsto para a divulgação do resultado do concurso EFOMM 2013. Para alguns, que têm outros objetivos, é um dia normal. É apenas um dia para ver seu nome na lista de convocados. Porém, para outros, é um dia especial. Para quem tinha como principal objetivo do ano o concurso da EFOMM, este é o dia de ficar no F5 no site da escola... e é pra estes que quero falar neste post.

Até mais tarde, quando o resultado sair, muitas serão as sensações. Por agora, sentimos frio na barriga, não dá vontade de comer nada, ficamos com aquela angústia... até que a lista saia. E quando sair, haverá a euforia para uns e a tristeza para outros.

Para os convocados, será um turbilhão de emoções. Choros, gritos, abraços e beijos... é hora de extravazar todos os sentimentos reprimidos por toda a preparação. É seu momento. Grite, comemore, pule, você merece. Depois de todas as noites mal dormidas, todas as dúvidas, privações, você conquistou seu objetivo. Lembre-se de todas as vezes que você deixou de ir a churrascos, festas, encontros de família... tudo porque você tinha um objetivo. Quantos amigos precisaram ouvir de você "não posso ir, estou estudando... não, não vai acabar tão cedo... é... depois da prova, a gente sai..."
Para todos eles agora você pode dizer: "EU PASSEI!"
Depois de você duvidar de você mesmo, de ver outras pessoas duvidando, de ouvir pessoas dizendo que seu sonho era muito difícil, depois de tudo isso, você conquistou o direito de ser chamado de 'aprovado'. Não interessa mais nada, você é um aprovado. Você percebeu que o seu trabalho acabou levando à vitória. Não são professores, parentes ou amigos. Você é o vencedor. A vitória é sua. Escrevendo isso, lembrei do livro de um corredor americano chamado Dean Karnazes. Ele é um ultramaratonista americano, que venceu o desafio de correr 50 maratonas em 50 dias, em 50 estados americanos. Foi considerado por uma revista como o homem mais em forma do planeta. Em
seu livro "50 maratonas em 50 dias", ele descreve a sensação de um maratonista iniciante ao final de uma prova:
"Cruzar a linha de chegada de uma maratona pela primeira vez é um momento com conseqüências para toda a vida. Ao fazê-lo, prova-se algo para si mesmo que jamais será tirado. Deixa-se o evento com sinais evidentes de que se é forte, jovial e corajoso. Uma coisa é imaginar que se tinha capacidade para correr uma maratona; outra bem diferente é saber, porque o fez. (...)
Então, você treina pesado; dedica-se de todo o coração; sacrifica-se e supera os inúmeros pequenos desafios ao longo do caminho. Deposita tudo que conseguiu nela. Mas sabe que a maratona exigirá muito mais de você. Nas profundezas escuras da mente uma voz pessimista está dizendo: Você não consegue. Você se esforça ao máximo para ignorar essa insegurança, mas a voz não o abandona.
Na manhã da primeira maratona, a voz da dúvida se multiplica, tornando-se um coro completo. Na altura do quilômetro 30, esse coro está gritando tão alto que é só o que você consegue escutar. Os músculos doloridos e esgotados imploram que você pare.
Você deve parar. Mas você não pára. Dessa vez, ignora a voz da dúvida; ignora aquele que diz que você não é bom o suficiente, e só ouve a paixão no seu coração.
A coragem surge de diversas formas. Hoje você descobre a coragem para continuar tentando, para não desistir, por mais terríveis que as coisas se tornem. E elas se tornarão terríveis.
E então, repentinamente, a linha de chegada floresce à sua frente, como um sonho. Um nó se forma na garganta durante o percurso daqueles poucos passos finais. Agora, você finalmente consegue responder à irritante voz com um inequívoco Sim, eu posso!

Nenhuma luta, dúvida ou fracasso futuros podem remover o que realizou hoje. Você fez o que poucos farão – o que pensou jamais conseguir fazer – e é o despertar mais glorioso e inesquecível. Você é um maratonista e usará essa distinção não na lapela, mas no coração, para o resto da vida."
E você, meu querido, é um aprovado. E será um aprovado até o final de sua vida.  

Para aqueles que forem reprovados, lembrem que o campeão não é aquele que nunca caiu. O campeão é aquele que sempre se levantou. Você tem um objetivo? Quer ser um aprovado também? Quer sentir tudo oq descrevi acima? Comece a trabalhar desde já. A preparação para a aprovação é um caminho árduo. Começa muito tempo antes da prova e consome uma quantidade absurda de energia. Mas você é capaz. Trabalhe e acredite, sempre!

A aprovação é logo ali. Para alguns, ela chega hoje.

Beijomeliga.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O que é o fracasso?

Meus queridos,

recebi este texto hoje, por e-mail, e achei válido compartilhar com vocês.

 
Tem um pensador e palestrante norte-americano chamado Jim Rohn que aprendi a respeitar com o passar do tempo. É dele, por exemplo, a seguinte frase: “Tenho pena das pessoas que têm um restaurante favorito, mas não tem um autor ou livro favorito. Pois elas sabem onde alimentar seu corpo, mas matam de fome sua alma”.
 
Gosto também da visão dele sobre o fracasso. Rohn diz que o fracasso não é um evento isolado, um cataclisma. Raramente falhamos da noite para o dia. Na verdade, para ele o fracasso é geralmente o resultado inevitável de um acúmulo de pensamentos e decisões erradas. Simplificando, o fracasso não é nada mais do que alguns erros de julgamento repetidos todos os dias.
 
Mas porque alguém faria isso?, você pode se perguntar. Fácil. Porque a pessoa acha que aquilo não fará diferença. Pequenos erros, uma hora desperdiçada aqui, outra ali, etc., não parecem ter grande efeito imediato. É a mesma lógica dos fumantes – um cigarro não mata, então vou fumar outro mais. Já sabemos como vai terminar esta história.
 
Por exemplo, se você não leu pelo menos um livro nos últimos 30 dias, essa falta de disciplina não parece afetar sua vida. E como nada de ruim aconteceu, parece que podemos repetir isso por mais 30 dias. Nada acontece novamente, e quando você vai ver passou um ano inteiro sem ler. Ou sem fazer exercício. Ou sem prospectar novos clientes. Ou sem dizer a uma pessoa importante o quanto a ama. Aliás, pior do que não fazer alguma coisa é não notar como isso pode fazer diferença!
 
As conseqüências raramente são instantâneas. Ao contrário – elas se acumulam até que inevitavelmente o dia do juízo finalmente chega e devemos pagar pelo preço das decisões erradas que tomamos. Decisões que, quando tomadas, pareciam pouco importantes. Mas que somadas com o passar do tempo, transformam-se numa bola de neve imparável.
 
O problema é justamente a sutileza. No curto prazo pequenos erros realmente não parecem causar efeito algum. Na verdade, nem parece que estamos fazendo algo errado. Como nada acontece imediatamente, vamos navegando pela vida, achando que está tudo bem, mas por baixo da superfície uma grande onda, um verdadeiro “tsunami” (onda gigante) de conseqüências está se formando. Como  o céu não caiu na nossa cabeça ontem, achamos que hoje também não vai acontecer. Simplesmente  porque repetimos os mesmos erros, pensamos os mesmos pensamentos errados, escutamos as vozes e conselhos errados e fazemos as escolhas erradas.
 
Quando somos crianças, aprendemos rapidamente a não colocar a mão na tomada. Ou você coloca e leva um choque que nunca mais vai esquecer, ou escuta tantos gritos dos pais que acaba aprendendo. Mas na vida raramente isso acontece. O fracasso poucas vezes dá gritos de alerta.
 
Felizmente podemos transformar essa fórmula do fracasso na fórmula do sucesso. É simples: um pouco de disciplina praticada todos os dias.
 
Para começar, você tem que entender, de uma vez por todas, que o futuro é o que você colhe do que plantou hoje. Você pode se arrepender ou ser premiado amanhã, e quem vai decidir isso é você mesmo, fazendo o que fizer hoje. O problema é que a maioria das pessoas está tão mergulhada no presente que esquece de pensar e planejar seu futuro. Não mede as conseqüências (inevitáveis) de tudo o que fazem ou deixam de fazer.
  
De acordo com Jim Rohn, uma das coisas mais formidáveis sobre essa fórmula do sucesso – um pouco de disciplina praticada todos os dias – é que ela já traz resultados imediatos. Ao trocarmos voluntariamente erros diários por disciplina diária, experimentamos resultados positivos em curto espaço de tempo. Quando mudamos nossa dieta, nosso corpo, pele e cabelo  melhoram junto. Quando começamos a fazer exercícios, nosso nível de energia melhora imediatamente. Quando começamos a ler, um mundo novo se abre imediatamente na nossa frente. Quando prospectamos clientes, novas vendas começam imediatamente a surgir.
 
Por isso lembre-se: troque os pequenos erros pelos pequenos acertos, e com o passar do tempo isso se transformará numa grande onda de prosperidade na sua vida.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Passada a EFOMM 2013...

Meus queridos,

neste último final de semana, com o concurso EFOMM 2013, passamos por mais uma etapa da preparação. Na verdade, preparação para alguns (que querem outras aprovações) e objetivo principal para outros. Vou dividir o post em duas partes: para quem quer realmente a EFOMM e para quem está com foco em outros concursos.

Para quem realmente quer a EFOMM

Se você foi bem na prova, a sua sensação agora deve ser a de dever cumprido. Acho q é uma das melhores sensações que uma pessoa pode sentir. Estar com a sensação de ter feito o seu melhor, ter dado o seu máximo e ter conseguido atingir o objetivo. Realmente, muito bom! Parabéns a todos os que estão nesta situação.

Se você não foi bem na prova, é hora de manter a calma. Existem muitas coisas para acontecer ainda. O gabarito oficial saiu, mas ainda é possível que haja mudanças. Depois, ainda vai rolar a convocação. Só depois disso você pode se sentir oficialmente reprovado, se for o caso. Muitos de vocês acham que estão reprovados agora, mas serão chamados na lista final. Todo ano é a mesma coisa. Se você foi mal (abaixo de 10 pontos) em uma matéria, mas conseguiu ir bem nas outras, ainda dá pra entrar.
Mas vamos supor que não dê mesmo. Vamos pensar na hipótese de você não conseguir entrar. Quer dizer então que vc é incompetente? Quer dizer que seu ano não valeu de nada? Não é assim, po... certamente, tudo oq vc aprender e viveu ao longo do ano servirá no futuro. Seja em outro concurso (EFOMM 2014 ou outras provas), seja na vida fora dos concursos. Oq vivemos em um ano de curso é amadurecimento em todos os aspectos da vida. Outro dia, eu li uma frase fantástica para estes momentos: "Todos nós podemos ser geniais em alguma área. Porém, se formos analisar um peixe pela sua capacidade de subir em árvores, vamos classificá-lo como um imbecil."
Pode ser que você não tenha conseguido este ano, mesmo dando o seu máximo. E aí, isto quer dizer que vc não é capaz? Não necessariamente. Quer dizer que desta vez não deu. Nas próximas, pode dar certo, ué. O importante é a sensação de ter feito o seu melhor. Aí vc pode avaliar se vale a pena tentar de novo, ou não. Todo sonho merece um investimento. Talvez, você já tenha investido muito tempo e ache que precisa tentar outra coisa... ok! Mas não decida isso com a cabeça quente, no calor das emoções, achando que vc não é capaz de nada. Derrotas, todos vamos ter. O campeão não é aquele que nunca cai, mas sim aquele que sempre levanta. Lembre-se disso. Use os obstáculos para aprender. Tudo oq acontece na vida tem um lado bom, por mais que ele não apareça inicialmente. Precisamos procurar aprender com tudo oq acontece conosco. Veja quais foram seus erros e trabalhe para mudá-los.

Para quem não tinha a EFOMM como principal objetivo

Independente do resultado, é hora de virar a página. Se você foi bem ou se foi mal, oq interessa é virar a página. No máximo, ver oq houve de errado e tentar melhorar. Mas sem neuras. A prova da EFOMM passou, não é pra ficar com sentimentos do tipo "se não passei na EFOMM, não vou passar no IME". São provas diferentes, situações diferentes, e vc ainda tem muito tempo para evoluir até o IME e o ITA. Apenas como exemplo, minha nota de Física na EFOMM foi menor que no IME. Logo, não dá pra criar nenhuma relação. Concursos diferentes, não invente regra onde não tem. O mesmo vale para o caso de vc ter ido muito bem. Não é nenhuma garantia de que vai mandar bem no final do ano. Foi só uma etapa.


Resumindo: vire a página. Olhe para a frente. Oq passou passou.

E vamos que vamos, a aprovação é logo ali.
Beijomeliga.

sábado, 11 de agosto de 2012

Pq o IME e o ITA são oq são

Meus queridos,

hoje eu vou postar um texto que li na revista Veja, que achei bastante interessante.

"Reinaldo Azevedo


Governanta, até quando o ITA e o IME continuarão a ser redutos da competência de direita? É preciso levar pra lá a incompetência generosa das esquerdas!

Ah, sim: também o IME (Instituto Militar de Engenharia), que pertence ao Exército, está fora do regime de cotas, segundo os mesmos critérios que vai excluir o ITA (ver post anterior).
A propósito, o IME também não recorre ao Enem e a outros facilitários, não, tá? Quem quiser se candidatar tem mesmo é de fazer vestibular. Os interessados devem clicar aqui. As inscrições foram abertas no dia 16 de julho e vão até 3 de setembro. A primeira fase será realizada no dia 15 de outubro. O IME chama a seleção de “Exame Intelectual”. Daqui a pouco, alguém no governo vai pedir para mudar o nome porque cheira a preconceito, né?
No post anterior, esqueci de publicar o link para quem quiser concorrer ao vestibular do ITA. Está aqui. A propósito: as inscrições foram abertas nesta sexta e se estendem até o dia 15. As provas já estão com datas marcadas: 11/12 (física); 12/12 (português e inglês); 13/12 (matemática); 14/12 (química). O ITA informa que a nota final é definida mesmo pela média aritmética das várias provas. Nada daquelas charadas gregas do Enem. Uma parte é teste, a outra é dissertativa.
O IME e o ITA, em suma, assumiram um estranho critério para selecionar seus alunos. São tão esquisitos, mas tão esquisitos, que, por lá, eles consideram que sabe quem sabe e não sabe quem não sabe!!! Na hora de escolher entre os que sabem, são ainda mais estranhos: ficam com os que sabem… mais!!! A nota de corte no ITA, no vestibular passado, numa escala de zero a 10, foi de 7,05! É muita injustiça çoçial, né, governanta?
Pô, o ITA e o IME ficam formando engenheiros competentes em vez de produzir igualdade? Isso precisa acabar! Eles deveriam é formar prosélitos da justiça social, ainda que os aviões despencassem, as pontes caíssem, o país afundasse.
O ITA e o IME não podem continuar a ser esses redutos de competência “de direita”, dona Dilma! É preciso levar pra lá a metafísica da incompetência de esquerda, mas com um graaande coração! Afinal, quem a matemática pensa que é para desafiar as boas intenções, governanta?"

Por isto, hoje, 11 de agosto, dia do aniversário do Instituto Militar de Engenharia, presto aqui minha homenagem e agradeço por tudo oq mudou na minha vida. Obrigado e parabéns, IME.

E pra vc, que se acha muito distante do IME e do ITA, lembre-se que a prova é igual para todos. É difícil, mas todos podem.
Beijomeliga!

sábado, 4 de agosto de 2012

O primeiro grande teste

Meus queridos,

hoje é a véspera do primeiro grande teste do ano de concurso: a prova da AFA. Para muitos, já é o principal objetivo. Para outros muitos, é uma etapa importante, pois o principal objetivo ainda está por vir. Minha recomendação geral é: façam tudo com calma. Tenham paciência pois a prova é longa e dura.

Vou roubar um pouco da atenção do querido leitor para falar do meu orgulho de ter os alunos que tive em 2012 no SEI. Foram alunos trabalhadores, dedicados, esforçados e focados. E o resultado deles será apenas fruto destes atributos, aplicados à realização do sonho. Não tenho nada para questionar sobre isso. Tenho apenas a certeza de ter participado da formação de uma grande turma.

Meu grande amigo Luciano citou hoje a emoção que um engenheiro deve sentir, ao imaginar um carro, participar do projeto e depois ver o carro andando por aí, pelas ruas das cidades. Deve ser realmente fantástico ver um sonho seu transformado em um produto. Com as pessoas comprando e usando. Pois é possível dizer que nós, do SEI, participamos de uma linha de produção de vencedores. Não falo de vencedores nos concursos apenas. Falo de vencedores na vida. Pessoas que aprenderam que o trabalho faz diferença, que aprenderam que o seu esforço é capaz de mudar a vida. E a sensação do engenheiro ao ver os carros pelas ruas é a nossa sensação agora. Percebermos que nosso 'produto' está pronto. Nossos alunos estão prontos para encarar de frente os obstáculos do concurso e da vida.

Meus queridos alunos, obrigado pelo trabalho de vocês. O sucesso de amanhã foi produzido ao longo do ano. Para encerrar, deixo uma lembrança do momento mais importante da minha vida até hoje: a minha formatura no IME. Depois de um ano de curso, mais 5 anos de IME, vividos com muita intensidade, muitas privações, noites mal dormidas e sofrimento de todos os tipos, veio a formatura. E no convite, uma passagem que marcou minha vida, que compartilho com vocês: "Aos meus amigos e familiares, que tantas vezes deixei de ver e ter contato pela necessidade de estudar, venho agora oferecer meu sorriso e dizer: estou me formando. Obrigado pela compreensão em todos os momentos." Pois bem, certamente esta passagem serve para muitos de vocês. Muitos que deixaram amigos e familiares 'de lado', para estudar e investir no seu sonho. Agora é a hora de converter isso em resultado. Chegou a hora da prova. E depois, quando você for aprovado, ofereça o sorriso a todos os que compreenderam e viveram este sonho com você. E aos que não o fizeram também.

Mais uma vez, muito obrigado pelo trabalho de vocês. Estou muito orgulhoso.

Fiquem com Deus!

A aprovação é logo ali.
Beijomeliga.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Como nasceu um campeão

Meus queridos,

hoje eu vou copiar um texto muito maneiro, que li no site Globo.com, de Márcio Mará e Thiago Correia. Estamos a um dia de começar os Jogos Olímpicos Londres-2012, e sempre temos esperanças e expectativas em cima de alguns atletas. Assim como temos esperanças e expectativas em relação às provas que faremos. Neste ano de concurso, tomara que o texto sirva de apoio a quem precisar nestes momentos.


Por Márcio Mará e Thiago CorreiaRio de Janeiro
Nem toda garotada de Ipanema pensava dia e noite em praia e sol. No Colégio Pinheiro Guimarães, em junho, meados dos anos 90, o burburinho girava em torno de uma apresentação de festa junina. A farra seria no Clube de Regatas do Flamengo. Uma das professoras buscava um palhaço acrobático para fazer piruetas durante a brincadeira. Durante a semana, soube nas reuniões de classe que um dos alunos, com menos de 10 anos, tinha se tornado centro das atenções após dar cambalhotas nas salas de aula e no pátio, no recreio. Seu nome? Diego Hypolito, irmão de Danielle, atleta de ginástica artística do próprio clube rubro-negro.

O sorridente menino, que já fazia ginástica em Santo André, no Sesi, antes de vir para o Rio e sonhava seguir os passos da irmã no Flamengo, era a alegria das crianças e adorou a ideia. No dia da apresentação, um infortúnio por pouco não estragou a festa. Devido a uma goteira, a quadra da Gávea estava molhada após uma chuva. Na primeira intervenção, Diego escorregou e caiu. O constrangimento tomou conta do público. O garoto começou a chorar. Mas pediu à professora para voltar. Queria repetir corretamente a série. A partir dali, deu tudo certo. No fim, palmas para ele. Era como se o apresentador dissesse: "Com vocês, o artista do espetáculo."

Diego cresceu, virou atleta, mas não qualquer atleta. Num esporte até então pouco comum aos brasileiros como a ginástica artística, fez romenos, russos, americanos e chineses tremerem. O pódio passou a virar quase uma residência. Temido, bicampeão mundial em 2005 e 2007, chegou aos Jogos de Pequim como favorito no solo. Mais uma vez, o destino aprontou. E olha que o brasileiro fazia uma apresentação impecável. Mas, no fim, perdeu o equilíbrio depois do seu último salto. Caiu. Perdeu 800 pontos na contagem e o ouro. Nada também de prata ou bronze. Ganhou o sexto lugar e um pesadelo. Um longo pesadelo.



O atleta sofreu. A família sofreu. Mas o sobrenome Matias Hypolito é sinônimo de DNA desbravador, bem-sucedido. Sem a segunda chance que teve no Pinheiro Guimarães, quando menino, mesmo assim Diego se levantou. No mesmo ano, em dezembro, fez o Natal ficar menos triste: cravou ouro em solo, novamente, na final da Copa do Mundo em Madri. De lá para cá, caiu, voltou de novo a ficar de pé e vive agora, aos 26 anos, em Londres a ansiedade de ter a segunda chance em Olimpíadas. E, para Diego e o torcedor brasileiro, é como se o apresentador voltasse a dizer: "Com vocês, o artista do espetáculo."

 
- Em todas as apresentações de festa junina ou fim de ano, sempre fomos assistir. E é sempre muito lindo. Ali no colégio Diego já estava mostrando a determinação dele. E o Diego e a Dani aprenderam que você pode cair, porque os obstáculos são colocados em nossas vidas para serem superados. É um guerreiro. Errou? Ele vai retornar, lutar para fazer melhor do que já tinha feito. Acho que veio com ele esse espírito guerreiro, essa paixão, essa vontade de vencer, vencer lutando, não fica esperando que as coisas aconteçam - disse, emocionada, a mãe, Geni, quando ainda arrumava as malas para Londres.



Gratidão


Geni já está em Londres com o marido, Vágner, pai de Diego, e Édson, o irmão mais velho do ginasta, que chegou a seguir a mesma carreira mas não suportou as obrigações que o esporte impõe, como abrir mão em demasiado da vida pessoal para seguir a dura rotina de treinos. A família está toda reunida à espera da apresentação de Diego e Danielle. Quatro anos depois, a ausência em Pequim ainda deixou marcas.

- Foi muito difícil. Nós não fomos, por alguns motivos, e sofri muito com ele. Quando caiu lá, caí de joelhos e disse a Deus: "Não, Senhor, não pode." Eu não acreditava. Mas em nenhum momento contestamos. Ali, achei que foi sobrenatural ele ter caído, jamais caiu nessa passada. Acho que é para ele se tornar melhor. O imprevisto aconteceu, mas você se torna muito forte na derrota. Agora, foi muito sofrimento, sim. Se estivesse lá, talvez tivesse gritado antes, talvez... Não sei, é coisa de mãe... Ele não teria caído. Queria muito a medalha. Não é só para ele. Queria mostrar, entregar para o Brasil. A gente teve que ter forças, porque logo em seguida ele tinha a grande final do Mundial. E foi campeão nesse mesmo ano. Deus sabe o que faz - afirmou Vera.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Último texto sobre os títulos de Corínthians e Chelsea

Meus queridos,

hoje vamos fazer a última análise comparativa entre a sua situação num ano de concurso com as situações de Corínthians e Chelsea, ao conquistar os títulos da Libertadores e da Champions League, respectivamente.

Antes de continuar, vou só lembrar a todos que não sou corintiano, muito menos torço para o Chelsea. Sou carioca e torço para o Vasco da Gama, time que foi eliminado pelo Corínthians nesta edição da Libertadores. Ou seja, sinto-me bem à vontade para elogiar o "Timão", pq na verdade eu tenho é muita raiva de não ter sido campeão este ano por causa deles. Enfim, vamos ao que interessa.

Temos algumas coisas para analisar nestes títulos que tanto têm em comum. E que também têm muito em comum com a sua vida, querido candidato, ao prestar um concurso concorrido, como IME, ITA, Escola Naval, AFA ou EFOMM. Vamos abordar 3 aspectos hoje. E aí eu prometo que não toco mais neste assunto. São eles: a sina de não ganhar, a necessidade do investimento+planejamento e a frieza no momento da decisão.

1. A sina de não ganhar: Tanto Corínthians quanto Chelsea foram muitos e muitos anos sacaneados por não conseguirem ganhar as competições mais importantes de seus continentes. Os corintianos devem ter muita raiva de sites como o kibeloco, que publicava seguidamente piadas sobre os tropeços deles na Libertadores. Havia quase que um consenso que o Corínthians nunca conseguiria ganhar a Libertadores. Nos anos de 1999 e 2000, chegou às quartas-de-finais e semifinais, contra o maior rival, o Palmeiras. E foi eliminado em ambas. E pra piorar, em 1999, o Palmeiras foi campeão. Ou seja, eles foram eliminados pelo maior rival, e ainda viram o rival ser campeão. É triste demais. O povo ridicularizava na internet, sacaneava muito os corintianos, dizendo que 'o título não era pro seu bico'. Pois bem, este ano a coisa fluiu. Assim como para o Chelsea, que passava pelas mesmas críticas. Será que vc já ouviu de alguém, um 'amigo', ou um parente, que vc está estudando para um concurso difícil demais? Será que vc já ouviu que 'isso não é pro seu bico'?

2. A necessidade do investimento+planejamento: Chelsea e Corínthians foram sendo moldados há muito tempo para conquistar estes títulos. Planejamento do time, contratações para posições necessárias, firmeza ao decidir os rumos a serem tomados. Como exemplos, podemos citar a eliminação do Corínthians na Libertadores de 2011. Na primeira fase! Em condições normais, o técnico seria demitido, por ter falhado no principal objetivo do time naquele ano. Mas a direção não demitiu. E este mesmo técnico, com basicamente o mesmo time, conquistou o Brasileiro de 2011 e a Libertadores de 2012. Isto se chama planejamento e firmeza de conduta. Além disso, usando como exemplo o Chelsea, muitas vezes é preciso abrir o bolso. Eles contrataram o time quase todo, mas não de uma só vez. Apenas um jogador, dos 11 titulares, foi formado nas divisões de base do Chelsea. Fazendo uma analogia com a sua vida de candidato, pode ser necessário fazer um bom cursinho, comprar livros/apostilas, boa alimentação. Ou de repente o investimento não é de dinheiro, e sim de tempo. Você precisa trabalhar e dedicar-se por muito e muito tempo, sem ter certeza que vai dar certo. Assim como os diretores dos times precisam comprar jogadores, abrir o bolso, sem ter certeza se vai dar certo.

3. A frieza no momento da decisão: Esta é a parte mais dolorosa pra mim, pra escrever sobre isso. Mas vamos lá! :)
Em 2008, o Chelsea chegou à decisão da Champions League contra o Manchester, em Moscou. O jogo foi 1 x 1, e a decisão foi para os pênaltis. O Manchester havia perdido uma cobrança das 5, e o Chelsea bateria seu último pênalti. Se fizesse, seria o campeão. Se perdesse, a disputa continuaria. O batedor era o jogador mais identificado com o clube, formado nas divisões de base (o mesmo que citei no item 2 - John Terry). Era bater o pênalti para se consagrar como grande ícone do clube londrino. E ele escorregou. Bateu mal e o goleiro defendeu. Na continuação, o Manchester foi campeão.
Em 2012, Vasco e Corínthians se enfrentaram nas quartas-de-final. 0 a 0, jogo duro. Numa bola rebatida num escanteio, Diego Souza, atacante do Vasco, recebe a bola na intermediária e segue sozinho, sem ninguém por perto, em direção ao gol. É ele e o goleiro, só fazer. Eu, como vascaíno, pulando no bar em que estava. E ele perdeu. Inacreditavelmente. Perdeu. O segredo neste caso foi a frieza do goleiro. Normalmente, o goleiro sai desesperadamente. O goleiro do Corínthians não saiu do gol. Esperou a decisão do Diego Souza. E defendeu. Na final, o Corínthians estava perdendo por 1x0 em Buenos Aires, quando o Romarinho entrou de cara pro goleiro. E friamente empurrou para o gol.
Ainda falando sobre o assunto, vi o atacante Edmundo perder uns 3 pênaltis decisivos para o Vasco. E ele é vascaíno de coração, tem os filhos vascaínos, etc.. Mas justamente por isso, ficava nervoso nessas horas. Já existe uma pressão absurda de resultados, ele ainda tinha a pressão de ser vascaíno. Na hora de um tiro certeiro, vc quer que ele seja dado por um especialista frio ou por um torcedor? Se um parente seu fosse refém de um sequestrador, vc gostaria de arriscar um tiro de longe? Ou iria preferir que o tiro fosse dado por um sniper, treinado e especializado neste tipo de missão? Vc já deve ter ouvido falar que um cirurgião não opera um parente. Justamente por isso.
Fazendo a analogia com a sua vida de concurso, na hora da prova, deixe a emoção fora. Não leve para a hora da prova as lembranças do seu pai, da sua mãe, etc.. Você tem que ir preparado para agir como um sniper ou cirurgião. Que vai decidir friamente como fazer o corte, como dar o tiro. Frieza para escolher a melhor tática para resolver a prova. Se a questão parecia fácil e se mostrou difícil, frieza para refazer, ou abandonar.

Vamos lá, o ano já está acabando. Para os concurseiros da AFA, menos de 20 dias.

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Beijomeliga!




quinta-feira, 5 de julho de 2012

E eles foram campeões...

Meus queridos,

dois posts atrás, eu comentei do aluno esforçado e do aluno inteligente. Pois bem, citei como exemplos os times do Chelsea e do Corínthians, ainda na pendência de terminar a Libertadores. E não é que deu Corínthians? No final do ano, no Mundial, provavelmente teremos o duelo de dois times extremamente aplicados na marcação, com pouco brilho individual, mas totalmente dedicados. Isto parece alguma coisa em você?

Apenas para completar o assunto do post que citei, o que é a parte nobre do esporte? A jogada bonita, plástica, os gols bonitos, etc.. Nenhum dos times que falei tem isso. Eles ficam com a parte chata: o trabalho, a marcação, a destruição das jogadas dos adversários, etc.. E foram campeões assim!!! No mundo dos concursos, o bonito é resolver aquela questão que ninguém conseguiu. A parte chata é fazer milhares de exercícios simples. Não há como passar só com um dos lados. Mas fazendo a analogia com o futebol, dá pra ser campeão ganhando todas de 1x0. Ou seja, marcando muito e fazendo um golzinho. Fazendo muitos exercícios simples e médios, e eventualmente, um ou outro difícil. O gol feio vale tanto quanto o bonito. A questão simples vale tanto quanto a difícil. Mate o máximo possível. Se pintar algum difícil pra fazer, ótimo. Se não pintar, fique com os fáceis e médios na hr da prova. Ganhe o jogo de 1 x 0.

Na semana que vem, vou continuar explorando este assunto do jogo do Corínthians. Não gosto deste time, sou carioca, mas preciso admitir que eles foram eficientes.

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Beijomeliga!

terça-feira, 26 de junho de 2012

As pessoas que fazem a diferença

Meus queridos,

ao longo de nossas vidas, encontramos pessoas que nos ajudam, de uma forma ou de outra, a alcançar nossos objetivos. Esta ajuda pode vir de diversas formas, com as mais diversas apresentações, e muitas vezes nós nem nos damos conta que essas pessoas estiveram ao nosso lado em parte da caminhada. Mas elas estão lá, apoiando. Muitas vezes, sem nem perceberem que estão nos ajudando de alguma maneira.

Outro dia, recebi um e-mail que pedia para nomear as 5 pessoas mais ricas do mundo, as 5 últimas vencedoras do concurso Miss Universo, 10 vencedores do Prêmio Nobel, os 5 últimos vencedores do Oscar como melhor ator/atriz. Obviamente, eu não sabia nem 1/3 desta lista. Em seguida, no mesmo e-mail, o texto pedia que o leitor listasse os 3 melhores professores, 3 amigos que tivessem ajudado em um momento difícil e 5 pessoas que passassem bastante tempo com ele. Tarefa mais fácil? Sem dúvida. A ideia é justamente mostrar que as pessoas importantes para o mundo não são necessariamente importantes em nossas vidas. As pessoas importantes em nossas vidas são as próximas. São aquelas que fazem a diferença para nós. Sinceramente, minha vida vai mudar nada se o último vencedor do Oscar de melhor ator morrer. Claro que não torço para ele morrer. Mas se isso acontecer, ok. Pra mim, nada. Agora, se um amigo meu morrer, o peso vai ser grande.

Pois bem, quem faz a diferença nas nossas vidas então? Na minha opinião, aqueles que estão próximos. Familiares, amigos, colegas de trabalho. Esses são os importantes, eles fazem a diferença. Muitas vezes, com um ensinamento em uma situação boba, que serve para levarmos para o resto da vida. Destes que citei, vou listar 4 ensinamentos que tive na vida, a partir de um familiar ou de um amigo. Assim, espero compartilhar alguma coisa útil com vocês.

1. Minha mãe me ensinou a trabalhar. Não ter medo de acordar cedo, trabalhar até tarde, quando temos um objetivo. Ela sempre disse: "estude, seu conhecimento ninguém pode roubar. Se não us-alo agora, mais na frente você vai usar. Perder alguma coisa por saber demais você não vai. Então, estude. Isto vai ser útil." Pois bem, na época, eu não gostava muito de ouvir isso. Hoje, eu vejo o quanto isto foi importante. O quanto foi importante eu ter me destacado como aluno. Obrigado, mãezinha.

2. Quando adolescente, aprendi a não pensar muito se algo vai dar errado. Eu simplesmente preciso fazer a minha parte e olhar para frente. Normalmente, quando estamos diante de um objetivo muito distante, pensamos: 'poxa, eu vou me esforçar tanto... e se não der certo? Vou ter perdido meu tempo..." Eu também pensava assim. Até que um dia, um professor me mostrou que não deveria ficar pensando na hipótese de dar errado. Se der errado, deu. Paciência. Aí a gente pensa no que fazer. Mas todas as forças devem ser colocadas na hipótese de dar certo. No caso da preparação para concursos, temos a opção de cair de cabeça naquilo que queremos. Ou podemos ir tentando várias coisas, um concursinho aqui, outro ali, de repente, tentar um técnico de alguma coisa.. uma faculdade particular, etc.. Ao dividir as atenções, estamos diminuindo o tempo que dedicamos ao nosso principal objetivo. Precisamos focar no objetivo principal. O que não impede de fazer outras provas, mas sempre com o foco no alvo principal. Para os alunos que querem o IME, ITA ou Escola Naval, por exemplo, acho bastante válido fazer a prova da EFOMM e da AFA. Mas com o olho no alvo. E se der errado? Deu. Paciência

3. Na época do IME, aprendi a pensar alto e não ter medo das negativas. Muitas vezes, a gente se conforma com objetivos medianos, para 'ter mais garantia' de sucesso. Porque obviamente os objetivos mais ousados são mais difíceis de ser alcançados. Para evitar frustrações, a gente se conforma em ter um objetivo próximo. Muitas vezes, este objetivo é muito abaixo do que podemos atingir. Mas para atingir objetivos grandiosos, precisamos nos dedicar demais. Não dá pra ficar parado, esperando cair do céu uma solução. É essencial sair da zona de conforto. Lembro de um episódio no IME em que precisávamos de financiamento para um projeto. E aí, o que fazer? Quem procurar? Na época, a economia brasileira não estava tão abundante. Arrumar um financiamento de US$ 5 mil era algo bastante complexo. A solução encontrada por um amigo: vamos mandar um e-mail para o presidente de uma multinacional, que era formado no IME. Po, vamos mandar um e-mail para um cara altamente ocupado? Ele vai ignorar... ainda mais pedindo dinheiro para um projeto de um grupo de estudantes... fala sério...
Deu certo! O dinheiro veio e o projeto saiu. Moral da história: se fôssemos ficar com medo de mandar o e-mail, não teria saído. Mova-se. Corra atrás. Persiga qualquer pessoa que pode, de alguma forma, ajudar.

4. Depois de formado, entrei em outro projeto bem audacioso. Estava em uma reunião, com um possível investidor, quando o cara começou a bombardear. Mas bateu muito na gente. Nossa! A sensação era de que estávamos sendo massacrados naquela mesa de reunião. Parecia uma luta do Anderson Silva contra um peso pena amador de Duque de Caxias. Saí da reunião praticamente morto, com a cara da derrota. Pensei: 'já era, morreu o projeto. Vou pensar no que fazer de agora em diante, em outra área.'
Voltamos pra casa tarde da noite, cansados. Não houve muito papo no carro. Uma noite de sono. E a sensação de ter que procurar outra coisa para fazer continuava. Até que meu celular tocou, e era um dos meus amigos, que estava na reunião comigo. Apanhou junto. E ele continuava a falar do projeto, como se nada tivesse acontecido. "Precisamos ajeitar isso, isso e isso. Já dei uma olhada nisso aqui, podemos fazer isso assim assim." E eu pensando: "Esse cara está louco! Ele não entendeu que a gente não tem condição de fazer?" Pois bem, a atitude dele de absorver a porrada e continuar trabalhando, como se nada tivesse acontecido me contagiou. Aprendi naquele momento. Continuamos trabalhando, mais ainda do que antes. Lutamos muito. O projeto saiu. E sem aquele possível investidor que batera na gente. Saiu sem ele, de uma forma muito melhor do que planejamos no início. Se tivesse deixado me levar pela porrada, teria abandonado o sonho.

Listei pra vocês aqui 4 ensinamentos que tive ao longo da vida, que, de uma forma ou de outra, balizam o que eu sou hoje. Em vários momentos de decisão, eu lembro de alguma experiência dessas. E sigo em frente. Muitas vezes, não tenho a menor idéia se aquilo vai dar certo ou não. Mas sigo em frente. E agora, com 30 anos, posso olhar pra trás e falar: faria tudo exatamente como eu fiz. Não me arrependo. E aprendi essas coisas tão importantes com quem? Com as pessoas próximas. Não foi com nenhum atleta, com nenhum guru da auto-ajuda, ou um escritor famoso. Aprendi com quem estava ao meu lado.

Espero ter ajudado. E vamos lá!

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Beijomeliga.




sexta-feira, 22 de junho de 2012

Quem é um bom aluno?

Meus queridos,

depois de um longo e tenebroso inverno (tempo sem escrever a vocês), hoje eu consegui um tempinho pra escrever mais um post. Finalmente, né?
Duas das frases mais ouvidas pelos professores de cursinho é: "poxa, eu entendi, mas eu nunca iria pensar em fazer isso" (quando o professor acaba de fazer um exercício difícil) e "eu acho que não vou passar, pq conheço o fulaninho e a fulaninha que são muito melhores do que eu, eles já tentaram ano passado e não passaram". Vamos bater um papo sobre essas frases e o sentimento que cerca os alunos ao dizê-las.
Para começar o papo, vou listar duas opções de bons alunos:
- aluno que tem dúvidas 'geniais': é aquele aluno que pensa muito acima da média;
- aluno trabalhador: aquele aluno que faz todas as listas de exercícios, muitas delas com centenas de exercícios braçais.

Obviamente, estou sendo extremista em criar dois grupos de bons alunos, forçando que um não tenha interseção com o outro. Porém, é apenas para simplificar a análise. Se o aluno é muito trabalhador e consegue pensar 'fora da caixinha', ele certamente vai ter muito sucesso.
Na maioria dos casos, o aluno muito inteligente não gosta, ou não se sente interessado, de fazer listas intermináveis de exercícios simples e médios. Os exercícios não o desafiam, ele não sente tesão em dedicar horas do seu dia a fazer exercícios repetitivos. Prefere pensar sobre conceitos mais avançados, pesquisar novos tópicos na internet, tem um papo sempre muito 'cabeça'. Nos colégios convencionais, ele é o melhor aluno da turma sem muito esforço.
Ainda falando na maioria dos casos, o aluno trabalhador não era o primeiro aluno da classe no seu colégio. Ao começar o cursinho, ele sofre para acompanhar a matéria. Acha tudo muito novo, sente dificuldades na Matemática básica. Diferentemente do aluno inteligente, ele se apega às listas com unhas e dentes, tentando matá-las a todo custo.
O aluno trabalhador começa encarando o cursinho se sentindo inferior, pq existem vários alunos muito inteligentes na turma. No início do ano, com pouca matéria, o aluno inteligente ainda se destaca. Porém, como a quantidade de informação dada no cursinho é muito grande, com o passar do tempo o aluno inteligente que não trabalha tanto começa a se perder e não repete o desempenho que tinha no colégio. Esta situação é nova pra ele, ele vê alunos que considera mais limitados que ele tendo resultados melhores nos simulados.
Aí neste momento, voltamos às frases do início do post. O aluno trabalhador se sente incapaz pq existem alunos mais inteligentes que ele na mesma sala. Ele vê exercícios difíceis, que muitas vezes o aluno inteligente consegue resolver, e ele não consegue. Porém, na hora da prova, as questões muito difíceis são poucas. O aluno trabalhador tem condições de ter um resultado melhor que o do aluno inteligente, já que a prova é composta em sua maioria de questões médias e fáceis. Isto vale para qualquer prova. Não estou dizendo que o aluno inteligente não vai ser aprovado. Estou dizendo é que não basta a inteligência. Ele precisa ser trabalhador como o aluno que sempre foi mediano. Em caso contrário, se não trabalhar, o aluno inteligente tem menos chances de ser aprovado que o aluno mediano trabalhador. O aluno trabalhador pode nunca ter uma sacada genial, mas ele é capaz de reproduzi-la, depois de ver o professor resolvendo uma questão. E vai trabalhar pra fazer isso. O aluno inteligente que não trabalha tanto provavelmente vai fazer estas questões difíceis. Mas vai perder muitos pontos em questões fáceis e médias, na maioria das vezes por falta de atenção. Por ter perdido velocidade ao não realizar o treinamento com o máximo de dedicação.


Para dar um exemplo mais palpável, vou citar dois casos recentes do esporte: Barcelona x Chelsea e Santos x Corínthians. Os times mais badalados do momento, no mundo e no Brasil, respectivamente, são Barcelona e Santos. Os dois caíram em semifinais dos torneios continentais (Champions League e Taça Libertadores da América), contra times considerados muito mais limitados que eles. Os dois confrontos foram muito parecidos: os times limitados extremamente aplicados na defesa, marcando muito bem, lutando por cada bola como se fosse um prato de comida. E os times mais técnicos tentando furar o bloqueio. Não por terem menosprezado os oponentes. A causa, a meu ver, é a dificuldade de jogar contra um adversário que marcava duro o tempo todo. Nos dois confrontos, poucos gols. Poucas chances de gol. E o time mais técnico ficando nervoso por não conseguir entrar na defesa dos times mais esforçados. Os resultados foram os mesmos: o time esforçado passou para a final. No caso da Europa, o Chelsea foi campeão. A esperar, o resultado da Libertadores.
No nosso mundo da preparação pra concursos, é mais indicado ser o Corínthians ou o Chelsea. E não o Santos ou o Barcelona. Se você é um aluno esforçado, está no caminho certo. Se você é um aluno inteligente, trate de trabalhar. É mais importante você ser eficiente e fazer todos os pontos fáceis e médios do que ser o aluno que vai fazer as questões mais difíceis da prova, e poucas. Na hora da pontuação, o que vale é a quantidade de pontos. Não a dificuldade.
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Beijomeliga.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Onde fica o gol?

Meus queridos,

neste feriadão de Páscoa, nossas atenções deveriam estar voltadas para o real motivo do feriado, a ressurreição de Cristo. A cada dia, nossas tradições vão perdendo valor, as coisas vão ficando mais comuns e os feriados vão se tornando todos iguais. Mas isso será o tema de outra conversa nossa. Hoje eu quero falar sobre um texto que achei durante a minha arrumação de casa. Comecei a arrumar a casa neste domingo, às 20:30... hehehe. Muitos papéis sobre a mesa, contas a pagar, contas pagas, convites de casamento que já aconteceram, etc.. Resolvi limpar tudo. E acabei achando um recorte de jornal, de 2010, que guardei por achar a coluna interessante. Pois bem, vamos a ela:

O Globo - 4 de julho de 2010
Martha Medeiros

"Em função da mobilização com a Copa do Mundo, andei me lembrando de uma conversa com um amigo, anos atrás. Ele liderava uma equipe numa agência de publicidade e trabalhava em ritmo alucinado. No decorrer do papo, ele desabafou dizendo que era difícil conviver com colegas que não sabiam para que lado ir, o que fazer, como agir, e que, por causa dessas incertezas, perdiam tempo e faziam os outros perderem tb. E exemplificou:
- Sabe por que eu sempre gostei do Pelé? Porque o Pelé pegava a bola em qualquer lugar do campo e ia com ela reto para o gol. Ele sabia exatamente para onde tinha que chutar.
- Isso porque você nem é muito fã do esporte - comentei.
- Pois é, não jogo futebol, mas tenho alma de artilheiro: entro em campo e já saio perguntando para onde é o gol. É pra lá? Então é pra lá que eu vou, sem desperdiçar meu tempo, sem ficar enfeitando.

Taí oq a gente precisa perguntar todo dia quando acorda: onde é o gol?

Muitas pessoas vivem suas vidas como se dopadas, chutando para todas as direções, sem nenhuma estratégia, contando apenas com a sorte. Elas acreditam que, uma hora dessas, de repente, quem sabe, a bola entrará. E até que isso aconteça, esbanjam energia à toa.

Goal, em inglês, significa objetivo. Você deve ter um. Conquistar um cliente, ser o padeiro mais conceituado do bairro, melhorar a aparência, sair de uma depressão, ganhar mais dinheiro, se aproximar de seus pais. Pode até ser algo mais simples: comprar entradas para um show, visitar um amigo doente, trocar o óleo do carro, levar flores para sua mulher. Ou você faz sua parte para colocar a bola na rede ou seguirá chutando para as laterais, catimbando, sem atingir qualquer resultado.

Quase invejo alguém que tem tempo a perder: sinal que é alguém irritantemente jovem, que ainda não se deu conta da ligeireza da vida. Já os veteranos não podem se dar ao luxo de acordar tarde, e, no caso, "acordar tarde" não significa dormir até meio-dia: significa dormir no ponto, comer mosca. Não dá. Depois de uma certa idade, é preciso ser mais proativo e atento.

(...)

Esta é a diferença entre aqueles que realizam as coisas e os que ficam só empatando."

Que estas palavras ajudem vocês de alguma forma.

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Beijomeliga.

terça-feira, 6 de março de 2012

O sucesso é construído à noite

Meus queridos,

hoje deixo para vocês um texto do Robert Shinyashiki, autor de diversos livros. Li este texto hoje, mas é impressionante como ele se aplica em diversos momentos da minha vida. Que tenham boa leitura.

"Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho, sem sacrificar feriados e domingos pelo menos uma centena de vezes. Da mesma forma, se você quiser construir uma relação amiga com seus filhos, terá que se dedicar a isso, superar o cansaço, arrumar tempo para ficar com eles, deixar de lado o orgulho e o comodismo. Se quiser um casamento gratificante, terá que investir tempo, energia e sentimentos nesse objetivo. O sucesso é construído à noite! Durante o dia você faz o que todos fazem.

Mas, para obter resultado diferente da maioria, você tem que ser especial. Se fizer igual a todo mundo, obterás os mesmos resultados. Não compare à maioria, pois infelizmente ela não é modelo de sucesso. Se você quiser atingir uma meta especial, terá que estudar no horário em que os outros estão tomando chope com batatas fritas. Terá de planejar, enquanto os outros permanecem à frente da televisão. Terá de trabalhar enquanto os outros tomam sol à beira da piscina.

A realização de um sonho depende de dedicação. Há muita gente que espera que o sonho se realize por mágica. Mas toda mágica é ilusão. A ilusão não tira ninguém de onde está. Ilusão é combustível de perdedores. 'Quem quer fazer alguma coisa, encontra um meio. Quem não quer fazer nada, encontra uma desculpa.'"

Que todos vocês tenham gás e força de vontade para seguir em frente, mesmo quando a vontade de desistir parece ser insuperável.

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Beijomeliga.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A tranquilidade nos momentos mais difíceis

Meus queridos,

hoje eu quero falar de um assunto muito especial na minha vida: a tranquilidade que precisamos ter nos momentos mais difíceis, aqueles momentos críticos mesmo. Vários alunos vêm me procurar por estarem preocupados se vão ou não ser aprovados, qual vai ser a reação da família caso eles 'fracassem', oq vão fazer da vida, etc..

Quem me conhece sabe que não sou exatamente um exemplo de tranquilidade... pelo contrário, sou bastante agitado. Porém, uma coisa que aprendi com o tempo é confiar em Deus e nos planos d'Ele. Vou falar mais um pouco a seguir sobre isso...



Muitas vezes, nós estamos em situações em que não vemos saída. Pensamos, pensamos, e não conseguimos visualizar uma atitude a tomar, para conseguir sair daquela situação. Isto, por acaso, aconteceu comigo ontem. Coisas dessa acontecem a todo momento, com todos nós. Oq fazer agora? E se acontecer isso assim assim? E se der tudo errado? E por aí vai... No caso dos alunos, basicamente é o medo da reprovação nos concursos. Sendo mais abrangente, situações pessoais, risco de ficar desempregado, projetos pessoais que de repente parecem ficar inviáveis, etc.. Sempre que estou numa situação assim, procuro pedir a Deus que me ilumine e mostre que caminho devo tomar. Muitas vezes, faço isso em silêncio, de maneira simples, mas pedindo a orientação do que devo fazer. E tento só agir após essa orientação. Ontem à noite, procurei conforto na Bíblia. Quero compartilhar com vocês algumas palavras:

"Não vos inquieteis, pois, pelo dia amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal." Mateus 6:34

Ou um pouco antes: "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.
Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário?
Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?" Mateus 6:24-26

Meus queridos, em outras palavras, oq eu li ontem foi como se Papai do céu me dissesse assim: "Meu filho, descansa... confie em mim... Eu vou resolver isso pra vc, do meu jeito"

A Bíblia diz que o tempo de Deus não é o nosso tempo. Muitas vezes, queremos que as coisas se resolvam do nosso jeito, com a solução que nós queremos dar, no momento em que nós desejamos. E a vontade de Deus? Confie! O melhor pra cada um de nós é oq Ele decidir. Nós não conseguimos enxergar a um palmo do nariz. Já ouviram a história de conectar pontos? Pra quem não conhece, vai o link aqui:
Vídeo

Conectar pontos depois que eles já foram marcados na sua vida é muito fácil. Vc olha pra trás e fala: "Nossa, isso foi possível pq lá atrás aconteceu isso e isso." O difícil é vc acreditar que vai dar tudo certo no momento em que as coisas ruins ou difíceis estão ocorrendo. Aí entra a confiança em Deus. Acredite que o melhor que pode acontecer vem d'Ele e virá no tempo d'Ele. Siga na sua luta diária. Um dia de cada vez. Por mais difíceis que as coisas possam parecer, concentre-se nisso. Um dia de cada vez. Tenha orgulho do seu dia. Faça com que o seu dia valha a pena.

No mundo dos concursos, a recomendação básica é: estude. Trabalhe. Faça a sua parte. Se vai dar certo ou não, só o tempo vai dizer. Empenhe-se como se tudo só dependesse do seu esforço. E assim será. Vá à luta. Repita isso a cada dia.

Um exemplo que costumo usar com os alunos em sala é o do jogo de futebol. O nervosismo inicial antes de um grande jogo passa depois que o suor começa a correr. Aí o jogador precisa se concentrar no jogo em si, e não na importância do jogo. Corre atrás da bola, dá carrinho, dá passes, etc.. Ele sabe se o time vai ganhar o jogo? Não. Só vai saber quando o juiz apitar o fim do jogo. Até lá, a missão dele é jogar da melhor maneira possível, com o máximo de empenho. E assim é a vida dos alunos no ano de concurso. Jogue o seu jogo, não se preocupe com a importância dele. Faça os movimentos do jogo. O resultado, vc saberá no final. Não sofra por antecipação.

Se eu posso deixar uma sugestão, aí está: confie em Deus e faça o seu trabalho. Todo o resto é secundário.

Vamos lá, a aprovação é logo ali.
Beijomeliga.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Uma história de vencedora

Meus queridos,

alguns dias atrás, recebi a sugestão de uma leitora de escrever sobre a Isabel Pesce Mattos, uma brasileira que estudou no Massachusetts Institute of Technology (MIT), depois de pensar primeiro em estudar no ITA. Depois de ir pro MIT, ela trabalhou na Google. O que já seria um grande feito, por se tratar de uma ótima empresa. Mas ela queria mais. E resolveu sair para abrir a sua própria empresa. Uma história fantástica, mas não pelos resultados. Fantástica por mostrar a luta e a superação de diversos obstáculos quando a maioria das pessoas teria desistido. Aí a gente começa a entender o motivo de ela estar dando certo... boa leitura.



Entrevista na Veja de 15/11/2011

"Isabel Mattos, 23, uma empreendedora brasileira no Vale do Silício

Isabel Pesce Mattos é mais um talento brasileiro lapidado nos Estados Unidos. Aos 23 anos, a paulistana tem um currículo ostentoso: graduou-se em ciências da computação, matemática, economia e administração no Massachusetts Institute of Technology (MIT), por onde passaram mentes brilhantes como o britânico Tim Berners-Lee, o “pai da internet”, realizou um mestrado profissional no Google e trabalhou em dois projetos da Microsoft. De quebra, foi à mansão de Bill Gates e conversou com o papa do software.

A experiência livrou Isabel das angústias típicas de um recém-formado. Ao invés de procurar emprego, preferiu aventurar-se no negócio próprio. Abriu em pleno Vale do Silício, o pulmão californiano da tecnologia mundial, a startup Lemon. O primeiro serviço, um aplicativo para controle de gastos pessoais, dá sinais de que a empresa vai prosperar: em menos de um mês, o programa registrou 400.000 downloads. De São Francisco, na Califórnia, Isabel conversou por telefone com a reportagem de VEJA, para explicar os planos como empreendedora e também comentar o atual cenário do universo de tecnologia.

Como você chegou ao MIT?
Em 2006, quando me preparava para os processos seletivos e vestibulares, tinha o objetivo de estudar no ITA [Instituto Tecnológido de Aeronáutica, em São José dos Campos]. Antes de ingressar, quis conhecer a história do instituto e acabei descobrindo que o fundador do ITA fez parte do famoso MIT. Na época, não conhecia a possibilidade de estudar no exterior, mas sabia que o MIT já era considerado um dos melhores do mundo. Fiquei interessada e participei de seis etapas de qualificação – que inclui informações pessoais, coleta de recomendação de ex-professores, redações em inglês e entrevista com um ex-aluno do próprio MIT. Não é um processo complicado, mas é desconhecido pelos brasileiros. Em quatro anos, acabei me aventurando em outras carreiras e consegui me formar em ciências da computação, matemática, economia e administração. Saí do MIT com quatro diplomas.

Que papel você que desempenhou no Google?
Ingressei no Google em 2009 durante o programa de mestrado profissional, que inclui uma parceria entre a empresa e o MIT. Na sede da companhia, em Mountain View, trabalhei na área de desenvolvimento para aprimorar o serviço de tradução do Google, conhecido como Translate. Não concluí o curso para tocar outros projetos em uma empresa menor, mas posso terminá-lo em outra ocasião.

E na Microsoft, em qual área trabalhou?
Participei da construção de agregadores de RSS, além de fazer parte de uma startup interna que promoveu a criação de um serviço com uma webcam que identifica gestos. Um dos momentos mais inesquecíveis na empresa foi o dia em que fui convidada – com outros estagiários – para visitar a casa de Bill Gates. Acabei conhecendo a família dele, mas infelizmente não pude registrar nenhum momento do encontro: câmeras e celulares foram confiscados antes.

Hoje, você dedica parte de seu tempo a Lemon (acima, imagem do site da empresa). Por que largou gigantes do setor para se dedicar à própria empresa?
Com a experiência que adquiri no MIT, descobri que empreender, por ora, é o meu caminho. Acredito que seja o momento ideal para aprender com produtos que estão em fase embrionária. Já temos 18 empregados e a ideia é expandir cada vez mais. Basicamente, oferecemos nos dispositivos móveis e na web um aplicativo gratuito que oferece auxílio na organização dos gastos pessoas, digitalizando toda informação. Em menos de 30 dias, o serviço já está em uso por 400.000 pessoas.

Olhando para os grandes atores de tecnologia: pode-se dizer que o Facebook desempenha papel tão importante como o Google o fez anos atrás?
O Facebook é a empresa da vez, vem demonstrando um crescimento incomparável. É a companhia que mais empolga jovens americanos atualmente.

Recentemente, Mark Zuckerberg disse que criaria uma sede do Facebook em Boston, longe, portanto, do Vale do Silício. Na sua opinião, é imprescindível estar no Vale?
Tenho absoluta convicção de que o Facebook não seria essa potência se tivesse sido criado em Boston. O Vale do Silício tem um passado que merece respeito, maior disponibilidade de capital e, é claro, uma cultura que respira tecnologia.

Atualmente, a maior briga no mundo da tecnologia é mesmo entre Facebook e Google?
Sim. Mas ainda acredito que Apple, Amazon e Dropbox são gigantes que buscam desbravar novos terrenos. Todos, sem exceção, dividem seus esforços entre vários produtos."

Que o exemplo dela sirva de motivação para você, que está começando o ano de 2012, achando que tudo é muito difícil. Realmente é difícil, mas só quem pode dizer que algo é impossível pra você é Deus. E Ele não diz isso. Logo, caia dentro dos seus trabalhos e estudos e vamos pra frente. 2012 está começando. Um ano de luta, trabalho e, se Deus quiser, sucesso no final!

A aprovação é logo ali.

Beijomeliga.