sábado, 11 de agosto de 2012

Pq o IME e o ITA são oq são

Meus queridos,

hoje eu vou postar um texto que li na revista Veja, que achei bastante interessante.

"Reinaldo Azevedo


Governanta, até quando o ITA e o IME continuarão a ser redutos da competência de direita? É preciso levar pra lá a incompetência generosa das esquerdas!

Ah, sim: também o IME (Instituto Militar de Engenharia), que pertence ao Exército, está fora do regime de cotas, segundo os mesmos critérios que vai excluir o ITA (ver post anterior).
A propósito, o IME também não recorre ao Enem e a outros facilitários, não, tá? Quem quiser se candidatar tem mesmo é de fazer vestibular. Os interessados devem clicar aqui. As inscrições foram abertas no dia 16 de julho e vão até 3 de setembro. A primeira fase será realizada no dia 15 de outubro. O IME chama a seleção de “Exame Intelectual”. Daqui a pouco, alguém no governo vai pedir para mudar o nome porque cheira a preconceito, né?
No post anterior, esqueci de publicar o link para quem quiser concorrer ao vestibular do ITA. Está aqui. A propósito: as inscrições foram abertas nesta sexta e se estendem até o dia 15. As provas já estão com datas marcadas: 11/12 (física); 12/12 (português e inglês); 13/12 (matemática); 14/12 (química). O ITA informa que a nota final é definida mesmo pela média aritmética das várias provas. Nada daquelas charadas gregas do Enem. Uma parte é teste, a outra é dissertativa.
O IME e o ITA, em suma, assumiram um estranho critério para selecionar seus alunos. São tão esquisitos, mas tão esquisitos, que, por lá, eles consideram que sabe quem sabe e não sabe quem não sabe!!! Na hora de escolher entre os que sabem, são ainda mais estranhos: ficam com os que sabem… mais!!! A nota de corte no ITA, no vestibular passado, numa escala de zero a 10, foi de 7,05! É muita injustiça çoçial, né, governanta?
Pô, o ITA e o IME ficam formando engenheiros competentes em vez de produzir igualdade? Isso precisa acabar! Eles deveriam é formar prosélitos da justiça social, ainda que os aviões despencassem, as pontes caíssem, o país afundasse.
O ITA e o IME não podem continuar a ser esses redutos de competência “de direita”, dona Dilma! É preciso levar pra lá a metafísica da incompetência de esquerda, mas com um graaande coração! Afinal, quem a matemática pensa que é para desafiar as boas intenções, governanta?"

Por isto, hoje, 11 de agosto, dia do aniversário do Instituto Militar de Engenharia, presto aqui minha homenagem e agradeço por tudo oq mudou na minha vida. Obrigado e parabéns, IME.

E pra vc, que se acha muito distante do IME e do ITA, lembre-se que a prova é igual para todos. É difícil, mas todos podem.
Beijomeliga!

sábado, 4 de agosto de 2012

O primeiro grande teste

Meus queridos,

hoje é a véspera do primeiro grande teste do ano de concurso: a prova da AFA. Para muitos, já é o principal objetivo. Para outros muitos, é uma etapa importante, pois o principal objetivo ainda está por vir. Minha recomendação geral é: façam tudo com calma. Tenham paciência pois a prova é longa e dura.

Vou roubar um pouco da atenção do querido leitor para falar do meu orgulho de ter os alunos que tive em 2012 no SEI. Foram alunos trabalhadores, dedicados, esforçados e focados. E o resultado deles será apenas fruto destes atributos, aplicados à realização do sonho. Não tenho nada para questionar sobre isso. Tenho apenas a certeza de ter participado da formação de uma grande turma.

Meu grande amigo Luciano citou hoje a emoção que um engenheiro deve sentir, ao imaginar um carro, participar do projeto e depois ver o carro andando por aí, pelas ruas das cidades. Deve ser realmente fantástico ver um sonho seu transformado em um produto. Com as pessoas comprando e usando. Pois é possível dizer que nós, do SEI, participamos de uma linha de produção de vencedores. Não falo de vencedores nos concursos apenas. Falo de vencedores na vida. Pessoas que aprenderam que o trabalho faz diferença, que aprenderam que o seu esforço é capaz de mudar a vida. E a sensação do engenheiro ao ver os carros pelas ruas é a nossa sensação agora. Percebermos que nosso 'produto' está pronto. Nossos alunos estão prontos para encarar de frente os obstáculos do concurso e da vida.

Meus queridos alunos, obrigado pelo trabalho de vocês. O sucesso de amanhã foi produzido ao longo do ano. Para encerrar, deixo uma lembrança do momento mais importante da minha vida até hoje: a minha formatura no IME. Depois de um ano de curso, mais 5 anos de IME, vividos com muita intensidade, muitas privações, noites mal dormidas e sofrimento de todos os tipos, veio a formatura. E no convite, uma passagem que marcou minha vida, que compartilho com vocês: "Aos meus amigos e familiares, que tantas vezes deixei de ver e ter contato pela necessidade de estudar, venho agora oferecer meu sorriso e dizer: estou me formando. Obrigado pela compreensão em todos os momentos." Pois bem, certamente esta passagem serve para muitos de vocês. Muitos que deixaram amigos e familiares 'de lado', para estudar e investir no seu sonho. Agora é a hora de converter isso em resultado. Chegou a hora da prova. E depois, quando você for aprovado, ofereça o sorriso a todos os que compreenderam e viveram este sonho com você. E aos que não o fizeram também.

Mais uma vez, muito obrigado pelo trabalho de vocês. Estou muito orgulhoso.

Fiquem com Deus!

A aprovação é logo ali.
Beijomeliga.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Como nasceu um campeão

Meus queridos,

hoje eu vou copiar um texto muito maneiro, que li no site Globo.com, de Márcio Mará e Thiago Correia. Estamos a um dia de começar os Jogos Olímpicos Londres-2012, e sempre temos esperanças e expectativas em cima de alguns atletas. Assim como temos esperanças e expectativas em relação às provas que faremos. Neste ano de concurso, tomara que o texto sirva de apoio a quem precisar nestes momentos.


Por Márcio Mará e Thiago CorreiaRio de Janeiro
Nem toda garotada de Ipanema pensava dia e noite em praia e sol. No Colégio Pinheiro Guimarães, em junho, meados dos anos 90, o burburinho girava em torno de uma apresentação de festa junina. A farra seria no Clube de Regatas do Flamengo. Uma das professoras buscava um palhaço acrobático para fazer piruetas durante a brincadeira. Durante a semana, soube nas reuniões de classe que um dos alunos, com menos de 10 anos, tinha se tornado centro das atenções após dar cambalhotas nas salas de aula e no pátio, no recreio. Seu nome? Diego Hypolito, irmão de Danielle, atleta de ginástica artística do próprio clube rubro-negro.

O sorridente menino, que já fazia ginástica em Santo André, no Sesi, antes de vir para o Rio e sonhava seguir os passos da irmã no Flamengo, era a alegria das crianças e adorou a ideia. No dia da apresentação, um infortúnio por pouco não estragou a festa. Devido a uma goteira, a quadra da Gávea estava molhada após uma chuva. Na primeira intervenção, Diego escorregou e caiu. O constrangimento tomou conta do público. O garoto começou a chorar. Mas pediu à professora para voltar. Queria repetir corretamente a série. A partir dali, deu tudo certo. No fim, palmas para ele. Era como se o apresentador dissesse: "Com vocês, o artista do espetáculo."

Diego cresceu, virou atleta, mas não qualquer atleta. Num esporte até então pouco comum aos brasileiros como a ginástica artística, fez romenos, russos, americanos e chineses tremerem. O pódio passou a virar quase uma residência. Temido, bicampeão mundial em 2005 e 2007, chegou aos Jogos de Pequim como favorito no solo. Mais uma vez, o destino aprontou. E olha que o brasileiro fazia uma apresentação impecável. Mas, no fim, perdeu o equilíbrio depois do seu último salto. Caiu. Perdeu 800 pontos na contagem e o ouro. Nada também de prata ou bronze. Ganhou o sexto lugar e um pesadelo. Um longo pesadelo.



O atleta sofreu. A família sofreu. Mas o sobrenome Matias Hypolito é sinônimo de DNA desbravador, bem-sucedido. Sem a segunda chance que teve no Pinheiro Guimarães, quando menino, mesmo assim Diego se levantou. No mesmo ano, em dezembro, fez o Natal ficar menos triste: cravou ouro em solo, novamente, na final da Copa do Mundo em Madri. De lá para cá, caiu, voltou de novo a ficar de pé e vive agora, aos 26 anos, em Londres a ansiedade de ter a segunda chance em Olimpíadas. E, para Diego e o torcedor brasileiro, é como se o apresentador voltasse a dizer: "Com vocês, o artista do espetáculo."

 
- Em todas as apresentações de festa junina ou fim de ano, sempre fomos assistir. E é sempre muito lindo. Ali no colégio Diego já estava mostrando a determinação dele. E o Diego e a Dani aprenderam que você pode cair, porque os obstáculos são colocados em nossas vidas para serem superados. É um guerreiro. Errou? Ele vai retornar, lutar para fazer melhor do que já tinha feito. Acho que veio com ele esse espírito guerreiro, essa paixão, essa vontade de vencer, vencer lutando, não fica esperando que as coisas aconteçam - disse, emocionada, a mãe, Geni, quando ainda arrumava as malas para Londres.



Gratidão


Geni já está em Londres com o marido, Vágner, pai de Diego, e Édson, o irmão mais velho do ginasta, que chegou a seguir a mesma carreira mas não suportou as obrigações que o esporte impõe, como abrir mão em demasiado da vida pessoal para seguir a dura rotina de treinos. A família está toda reunida à espera da apresentação de Diego e Danielle. Quatro anos depois, a ausência em Pequim ainda deixou marcas.

- Foi muito difícil. Nós não fomos, por alguns motivos, e sofri muito com ele. Quando caiu lá, caí de joelhos e disse a Deus: "Não, Senhor, não pode." Eu não acreditava. Mas em nenhum momento contestamos. Ali, achei que foi sobrenatural ele ter caído, jamais caiu nessa passada. Acho que é para ele se tornar melhor. O imprevisto aconteceu, mas você se torna muito forte na derrota. Agora, foi muito sofrimento, sim. Se estivesse lá, talvez tivesse gritado antes, talvez... Não sei, é coisa de mãe... Ele não teria caído. Queria muito a medalha. Não é só para ele. Queria mostrar, entregar para o Brasil. A gente teve que ter forças, porque logo em seguida ele tinha a grande final do Mundial. E foi campeão nesse mesmo ano. Deus sabe o que faz - afirmou Vera.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Último texto sobre os títulos de Corínthians e Chelsea

Meus queridos,

hoje vamos fazer a última análise comparativa entre a sua situação num ano de concurso com as situações de Corínthians e Chelsea, ao conquistar os títulos da Libertadores e da Champions League, respectivamente.

Antes de continuar, vou só lembrar a todos que não sou corintiano, muito menos torço para o Chelsea. Sou carioca e torço para o Vasco da Gama, time que foi eliminado pelo Corínthians nesta edição da Libertadores. Ou seja, sinto-me bem à vontade para elogiar o "Timão", pq na verdade eu tenho é muita raiva de não ter sido campeão este ano por causa deles. Enfim, vamos ao que interessa.

Temos algumas coisas para analisar nestes títulos que tanto têm em comum. E que também têm muito em comum com a sua vida, querido candidato, ao prestar um concurso concorrido, como IME, ITA, Escola Naval, AFA ou EFOMM. Vamos abordar 3 aspectos hoje. E aí eu prometo que não toco mais neste assunto. São eles: a sina de não ganhar, a necessidade do investimento+planejamento e a frieza no momento da decisão.

1. A sina de não ganhar: Tanto Corínthians quanto Chelsea foram muitos e muitos anos sacaneados por não conseguirem ganhar as competições mais importantes de seus continentes. Os corintianos devem ter muita raiva de sites como o kibeloco, que publicava seguidamente piadas sobre os tropeços deles na Libertadores. Havia quase que um consenso que o Corínthians nunca conseguiria ganhar a Libertadores. Nos anos de 1999 e 2000, chegou às quartas-de-finais e semifinais, contra o maior rival, o Palmeiras. E foi eliminado em ambas. E pra piorar, em 1999, o Palmeiras foi campeão. Ou seja, eles foram eliminados pelo maior rival, e ainda viram o rival ser campeão. É triste demais. O povo ridicularizava na internet, sacaneava muito os corintianos, dizendo que 'o título não era pro seu bico'. Pois bem, este ano a coisa fluiu. Assim como para o Chelsea, que passava pelas mesmas críticas. Será que vc já ouviu de alguém, um 'amigo', ou um parente, que vc está estudando para um concurso difícil demais? Será que vc já ouviu que 'isso não é pro seu bico'?

2. A necessidade do investimento+planejamento: Chelsea e Corínthians foram sendo moldados há muito tempo para conquistar estes títulos. Planejamento do time, contratações para posições necessárias, firmeza ao decidir os rumos a serem tomados. Como exemplos, podemos citar a eliminação do Corínthians na Libertadores de 2011. Na primeira fase! Em condições normais, o técnico seria demitido, por ter falhado no principal objetivo do time naquele ano. Mas a direção não demitiu. E este mesmo técnico, com basicamente o mesmo time, conquistou o Brasileiro de 2011 e a Libertadores de 2012. Isto se chama planejamento e firmeza de conduta. Além disso, usando como exemplo o Chelsea, muitas vezes é preciso abrir o bolso. Eles contrataram o time quase todo, mas não de uma só vez. Apenas um jogador, dos 11 titulares, foi formado nas divisões de base do Chelsea. Fazendo uma analogia com a sua vida de candidato, pode ser necessário fazer um bom cursinho, comprar livros/apostilas, boa alimentação. Ou de repente o investimento não é de dinheiro, e sim de tempo. Você precisa trabalhar e dedicar-se por muito e muito tempo, sem ter certeza que vai dar certo. Assim como os diretores dos times precisam comprar jogadores, abrir o bolso, sem ter certeza se vai dar certo.

3. A frieza no momento da decisão: Esta é a parte mais dolorosa pra mim, pra escrever sobre isso. Mas vamos lá! :)
Em 2008, o Chelsea chegou à decisão da Champions League contra o Manchester, em Moscou. O jogo foi 1 x 1, e a decisão foi para os pênaltis. O Manchester havia perdido uma cobrança das 5, e o Chelsea bateria seu último pênalti. Se fizesse, seria o campeão. Se perdesse, a disputa continuaria. O batedor era o jogador mais identificado com o clube, formado nas divisões de base (o mesmo que citei no item 2 - John Terry). Era bater o pênalti para se consagrar como grande ícone do clube londrino. E ele escorregou. Bateu mal e o goleiro defendeu. Na continuação, o Manchester foi campeão.
Em 2012, Vasco e Corínthians se enfrentaram nas quartas-de-final. 0 a 0, jogo duro. Numa bola rebatida num escanteio, Diego Souza, atacante do Vasco, recebe a bola na intermediária e segue sozinho, sem ninguém por perto, em direção ao gol. É ele e o goleiro, só fazer. Eu, como vascaíno, pulando no bar em que estava. E ele perdeu. Inacreditavelmente. Perdeu. O segredo neste caso foi a frieza do goleiro. Normalmente, o goleiro sai desesperadamente. O goleiro do Corínthians não saiu do gol. Esperou a decisão do Diego Souza. E defendeu. Na final, o Corínthians estava perdendo por 1x0 em Buenos Aires, quando o Romarinho entrou de cara pro goleiro. E friamente empurrou para o gol.
Ainda falando sobre o assunto, vi o atacante Edmundo perder uns 3 pênaltis decisivos para o Vasco. E ele é vascaíno de coração, tem os filhos vascaínos, etc.. Mas justamente por isso, ficava nervoso nessas horas. Já existe uma pressão absurda de resultados, ele ainda tinha a pressão de ser vascaíno. Na hora de um tiro certeiro, vc quer que ele seja dado por um especialista frio ou por um torcedor? Se um parente seu fosse refém de um sequestrador, vc gostaria de arriscar um tiro de longe? Ou iria preferir que o tiro fosse dado por um sniper, treinado e especializado neste tipo de missão? Vc já deve ter ouvido falar que um cirurgião não opera um parente. Justamente por isso.
Fazendo a analogia com a sua vida de concurso, na hora da prova, deixe a emoção fora. Não leve para a hora da prova as lembranças do seu pai, da sua mãe, etc.. Você tem que ir preparado para agir como um sniper ou cirurgião. Que vai decidir friamente como fazer o corte, como dar o tiro. Frieza para escolher a melhor tática para resolver a prova. Se a questão parecia fácil e se mostrou difícil, frieza para refazer, ou abandonar.

Vamos lá, o ano já está acabando. Para os concurseiros da AFA, menos de 20 dias.

A aprovação é logo ali.

Beijomeliga!




quinta-feira, 5 de julho de 2012

E eles foram campeões...

Meus queridos,

dois posts atrás, eu comentei do aluno esforçado e do aluno inteligente. Pois bem, citei como exemplos os times do Chelsea e do Corínthians, ainda na pendência de terminar a Libertadores. E não é que deu Corínthians? No final do ano, no Mundial, provavelmente teremos o duelo de dois times extremamente aplicados na marcação, com pouco brilho individual, mas totalmente dedicados. Isto parece alguma coisa em você?

Apenas para completar o assunto do post que citei, o que é a parte nobre do esporte? A jogada bonita, plástica, os gols bonitos, etc.. Nenhum dos times que falei tem isso. Eles ficam com a parte chata: o trabalho, a marcação, a destruição das jogadas dos adversários, etc.. E foram campeões assim!!! No mundo dos concursos, o bonito é resolver aquela questão que ninguém conseguiu. A parte chata é fazer milhares de exercícios simples. Não há como passar só com um dos lados. Mas fazendo a analogia com o futebol, dá pra ser campeão ganhando todas de 1x0. Ou seja, marcando muito e fazendo um golzinho. Fazendo muitos exercícios simples e médios, e eventualmente, um ou outro difícil. O gol feio vale tanto quanto o bonito. A questão simples vale tanto quanto a difícil. Mate o máximo possível. Se pintar algum difícil pra fazer, ótimo. Se não pintar, fique com os fáceis e médios na hr da prova. Ganhe o jogo de 1 x 0.

Na semana que vem, vou continuar explorando este assunto do jogo do Corínthians. Não gosto deste time, sou carioca, mas preciso admitir que eles foram eficientes.

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Beijomeliga!

terça-feira, 26 de junho de 2012

As pessoas que fazem a diferença

Meus queridos,

ao longo de nossas vidas, encontramos pessoas que nos ajudam, de uma forma ou de outra, a alcançar nossos objetivos. Esta ajuda pode vir de diversas formas, com as mais diversas apresentações, e muitas vezes nós nem nos damos conta que essas pessoas estiveram ao nosso lado em parte da caminhada. Mas elas estão lá, apoiando. Muitas vezes, sem nem perceberem que estão nos ajudando de alguma maneira.

Outro dia, recebi um e-mail que pedia para nomear as 5 pessoas mais ricas do mundo, as 5 últimas vencedoras do concurso Miss Universo, 10 vencedores do Prêmio Nobel, os 5 últimos vencedores do Oscar como melhor ator/atriz. Obviamente, eu não sabia nem 1/3 desta lista. Em seguida, no mesmo e-mail, o texto pedia que o leitor listasse os 3 melhores professores, 3 amigos que tivessem ajudado em um momento difícil e 5 pessoas que passassem bastante tempo com ele. Tarefa mais fácil? Sem dúvida. A ideia é justamente mostrar que as pessoas importantes para o mundo não são necessariamente importantes em nossas vidas. As pessoas importantes em nossas vidas são as próximas. São aquelas que fazem a diferença para nós. Sinceramente, minha vida vai mudar nada se o último vencedor do Oscar de melhor ator morrer. Claro que não torço para ele morrer. Mas se isso acontecer, ok. Pra mim, nada. Agora, se um amigo meu morrer, o peso vai ser grande.

Pois bem, quem faz a diferença nas nossas vidas então? Na minha opinião, aqueles que estão próximos. Familiares, amigos, colegas de trabalho. Esses são os importantes, eles fazem a diferença. Muitas vezes, com um ensinamento em uma situação boba, que serve para levarmos para o resto da vida. Destes que citei, vou listar 4 ensinamentos que tive na vida, a partir de um familiar ou de um amigo. Assim, espero compartilhar alguma coisa útil com vocês.

1. Minha mãe me ensinou a trabalhar. Não ter medo de acordar cedo, trabalhar até tarde, quando temos um objetivo. Ela sempre disse: "estude, seu conhecimento ninguém pode roubar. Se não us-alo agora, mais na frente você vai usar. Perder alguma coisa por saber demais você não vai. Então, estude. Isto vai ser útil." Pois bem, na época, eu não gostava muito de ouvir isso. Hoje, eu vejo o quanto isto foi importante. O quanto foi importante eu ter me destacado como aluno. Obrigado, mãezinha.

2. Quando adolescente, aprendi a não pensar muito se algo vai dar errado. Eu simplesmente preciso fazer a minha parte e olhar para frente. Normalmente, quando estamos diante de um objetivo muito distante, pensamos: 'poxa, eu vou me esforçar tanto... e se não der certo? Vou ter perdido meu tempo..." Eu também pensava assim. Até que um dia, um professor me mostrou que não deveria ficar pensando na hipótese de dar errado. Se der errado, deu. Paciência. Aí a gente pensa no que fazer. Mas todas as forças devem ser colocadas na hipótese de dar certo. No caso da preparação para concursos, temos a opção de cair de cabeça naquilo que queremos. Ou podemos ir tentando várias coisas, um concursinho aqui, outro ali, de repente, tentar um técnico de alguma coisa.. uma faculdade particular, etc.. Ao dividir as atenções, estamos diminuindo o tempo que dedicamos ao nosso principal objetivo. Precisamos focar no objetivo principal. O que não impede de fazer outras provas, mas sempre com o foco no alvo principal. Para os alunos que querem o IME, ITA ou Escola Naval, por exemplo, acho bastante válido fazer a prova da EFOMM e da AFA. Mas com o olho no alvo. E se der errado? Deu. Paciência

3. Na época do IME, aprendi a pensar alto e não ter medo das negativas. Muitas vezes, a gente se conforma com objetivos medianos, para 'ter mais garantia' de sucesso. Porque obviamente os objetivos mais ousados são mais difíceis de ser alcançados. Para evitar frustrações, a gente se conforma em ter um objetivo próximo. Muitas vezes, este objetivo é muito abaixo do que podemos atingir. Mas para atingir objetivos grandiosos, precisamos nos dedicar demais. Não dá pra ficar parado, esperando cair do céu uma solução. É essencial sair da zona de conforto. Lembro de um episódio no IME em que precisávamos de financiamento para um projeto. E aí, o que fazer? Quem procurar? Na época, a economia brasileira não estava tão abundante. Arrumar um financiamento de US$ 5 mil era algo bastante complexo. A solução encontrada por um amigo: vamos mandar um e-mail para o presidente de uma multinacional, que era formado no IME. Po, vamos mandar um e-mail para um cara altamente ocupado? Ele vai ignorar... ainda mais pedindo dinheiro para um projeto de um grupo de estudantes... fala sério...
Deu certo! O dinheiro veio e o projeto saiu. Moral da história: se fôssemos ficar com medo de mandar o e-mail, não teria saído. Mova-se. Corra atrás. Persiga qualquer pessoa que pode, de alguma forma, ajudar.

4. Depois de formado, entrei em outro projeto bem audacioso. Estava em uma reunião, com um possível investidor, quando o cara começou a bombardear. Mas bateu muito na gente. Nossa! A sensação era de que estávamos sendo massacrados naquela mesa de reunião. Parecia uma luta do Anderson Silva contra um peso pena amador de Duque de Caxias. Saí da reunião praticamente morto, com a cara da derrota. Pensei: 'já era, morreu o projeto. Vou pensar no que fazer de agora em diante, em outra área.'
Voltamos pra casa tarde da noite, cansados. Não houve muito papo no carro. Uma noite de sono. E a sensação de ter que procurar outra coisa para fazer continuava. Até que meu celular tocou, e era um dos meus amigos, que estava na reunião comigo. Apanhou junto. E ele continuava a falar do projeto, como se nada tivesse acontecido. "Precisamos ajeitar isso, isso e isso. Já dei uma olhada nisso aqui, podemos fazer isso assim assim." E eu pensando: "Esse cara está louco! Ele não entendeu que a gente não tem condição de fazer?" Pois bem, a atitude dele de absorver a porrada e continuar trabalhando, como se nada tivesse acontecido me contagiou. Aprendi naquele momento. Continuamos trabalhando, mais ainda do que antes. Lutamos muito. O projeto saiu. E sem aquele possível investidor que batera na gente. Saiu sem ele, de uma forma muito melhor do que planejamos no início. Se tivesse deixado me levar pela porrada, teria abandonado o sonho.

Listei pra vocês aqui 4 ensinamentos que tive ao longo da vida, que, de uma forma ou de outra, balizam o que eu sou hoje. Em vários momentos de decisão, eu lembro de alguma experiência dessas. E sigo em frente. Muitas vezes, não tenho a menor idéia se aquilo vai dar certo ou não. Mas sigo em frente. E agora, com 30 anos, posso olhar pra trás e falar: faria tudo exatamente como eu fiz. Não me arrependo. E aprendi essas coisas tão importantes com quem? Com as pessoas próximas. Não foi com nenhum atleta, com nenhum guru da auto-ajuda, ou um escritor famoso. Aprendi com quem estava ao meu lado.

Espero ter ajudado. E vamos lá!

A aprovação é logo ali.
Beijomeliga.




sexta-feira, 22 de junho de 2012

Quem é um bom aluno?

Meus queridos,

depois de um longo e tenebroso inverno (tempo sem escrever a vocês), hoje eu consegui um tempinho pra escrever mais um post. Finalmente, né?
Duas das frases mais ouvidas pelos professores de cursinho é: "poxa, eu entendi, mas eu nunca iria pensar em fazer isso" (quando o professor acaba de fazer um exercício difícil) e "eu acho que não vou passar, pq conheço o fulaninho e a fulaninha que são muito melhores do que eu, eles já tentaram ano passado e não passaram". Vamos bater um papo sobre essas frases e o sentimento que cerca os alunos ao dizê-las.
Para começar o papo, vou listar duas opções de bons alunos:
- aluno que tem dúvidas 'geniais': é aquele aluno que pensa muito acima da média;
- aluno trabalhador: aquele aluno que faz todas as listas de exercícios, muitas delas com centenas de exercícios braçais.

Obviamente, estou sendo extremista em criar dois grupos de bons alunos, forçando que um não tenha interseção com o outro. Porém, é apenas para simplificar a análise. Se o aluno é muito trabalhador e consegue pensar 'fora da caixinha', ele certamente vai ter muito sucesso.
Na maioria dos casos, o aluno muito inteligente não gosta, ou não se sente interessado, de fazer listas intermináveis de exercícios simples e médios. Os exercícios não o desafiam, ele não sente tesão em dedicar horas do seu dia a fazer exercícios repetitivos. Prefere pensar sobre conceitos mais avançados, pesquisar novos tópicos na internet, tem um papo sempre muito 'cabeça'. Nos colégios convencionais, ele é o melhor aluno da turma sem muito esforço.
Ainda falando na maioria dos casos, o aluno trabalhador não era o primeiro aluno da classe no seu colégio. Ao começar o cursinho, ele sofre para acompanhar a matéria. Acha tudo muito novo, sente dificuldades na Matemática básica. Diferentemente do aluno inteligente, ele se apega às listas com unhas e dentes, tentando matá-las a todo custo.
O aluno trabalhador começa encarando o cursinho se sentindo inferior, pq existem vários alunos muito inteligentes na turma. No início do ano, com pouca matéria, o aluno inteligente ainda se destaca. Porém, como a quantidade de informação dada no cursinho é muito grande, com o passar do tempo o aluno inteligente que não trabalha tanto começa a se perder e não repete o desempenho que tinha no colégio. Esta situação é nova pra ele, ele vê alunos que considera mais limitados que ele tendo resultados melhores nos simulados.
Aí neste momento, voltamos às frases do início do post. O aluno trabalhador se sente incapaz pq existem alunos mais inteligentes que ele na mesma sala. Ele vê exercícios difíceis, que muitas vezes o aluno inteligente consegue resolver, e ele não consegue. Porém, na hora da prova, as questões muito difíceis são poucas. O aluno trabalhador tem condições de ter um resultado melhor que o do aluno inteligente, já que a prova é composta em sua maioria de questões médias e fáceis. Isto vale para qualquer prova. Não estou dizendo que o aluno inteligente não vai ser aprovado. Estou dizendo é que não basta a inteligência. Ele precisa ser trabalhador como o aluno que sempre foi mediano. Em caso contrário, se não trabalhar, o aluno inteligente tem menos chances de ser aprovado que o aluno mediano trabalhador. O aluno trabalhador pode nunca ter uma sacada genial, mas ele é capaz de reproduzi-la, depois de ver o professor resolvendo uma questão. E vai trabalhar pra fazer isso. O aluno inteligente que não trabalha tanto provavelmente vai fazer estas questões difíceis. Mas vai perder muitos pontos em questões fáceis e médias, na maioria das vezes por falta de atenção. Por ter perdido velocidade ao não realizar o treinamento com o máximo de dedicação.


Para dar um exemplo mais palpável, vou citar dois casos recentes do esporte: Barcelona x Chelsea e Santos x Corínthians. Os times mais badalados do momento, no mundo e no Brasil, respectivamente, são Barcelona e Santos. Os dois caíram em semifinais dos torneios continentais (Champions League e Taça Libertadores da América), contra times considerados muito mais limitados que eles. Os dois confrontos foram muito parecidos: os times limitados extremamente aplicados na defesa, marcando muito bem, lutando por cada bola como se fosse um prato de comida. E os times mais técnicos tentando furar o bloqueio. Não por terem menosprezado os oponentes. A causa, a meu ver, é a dificuldade de jogar contra um adversário que marcava duro o tempo todo. Nos dois confrontos, poucos gols. Poucas chances de gol. E o time mais técnico ficando nervoso por não conseguir entrar na defesa dos times mais esforçados. Os resultados foram os mesmos: o time esforçado passou para a final. No caso da Europa, o Chelsea foi campeão. A esperar, o resultado da Libertadores.
No nosso mundo da preparação pra concursos, é mais indicado ser o Corínthians ou o Chelsea. E não o Santos ou o Barcelona. Se você é um aluno esforçado, está no caminho certo. Se você é um aluno inteligente, trate de trabalhar. É mais importante você ser eficiente e fazer todos os pontos fáceis e médios do que ser o aluno que vai fazer as questões mais difíceis da prova, e poucas. Na hora da pontuação, o que vale é a quantidade de pontos. Não a dificuldade.
A aprovação é logo ali.
Beijomeliga.