quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Uma história de vencedora

Meus queridos,

alguns dias atrás, recebi a sugestão de uma leitora de escrever sobre a Isabel Pesce Mattos, uma brasileira que estudou no Massachusetts Institute of Technology (MIT), depois de pensar primeiro em estudar no ITA. Depois de ir pro MIT, ela trabalhou na Google. O que já seria um grande feito, por se tratar de uma ótima empresa. Mas ela queria mais. E resolveu sair para abrir a sua própria empresa. Uma história fantástica, mas não pelos resultados. Fantástica por mostrar a luta e a superação de diversos obstáculos quando a maioria das pessoas teria desistido. Aí a gente começa a entender o motivo de ela estar dando certo... boa leitura.



Entrevista na Veja de 15/11/2011

"Isabel Mattos, 23, uma empreendedora brasileira no Vale do Silício

Isabel Pesce Mattos é mais um talento brasileiro lapidado nos Estados Unidos. Aos 23 anos, a paulistana tem um currículo ostentoso: graduou-se em ciências da computação, matemática, economia e administração no Massachusetts Institute of Technology (MIT), por onde passaram mentes brilhantes como o britânico Tim Berners-Lee, o “pai da internet”, realizou um mestrado profissional no Google e trabalhou em dois projetos da Microsoft. De quebra, foi à mansão de Bill Gates e conversou com o papa do software.

A experiência livrou Isabel das angústias típicas de um recém-formado. Ao invés de procurar emprego, preferiu aventurar-se no negócio próprio. Abriu em pleno Vale do Silício, o pulmão californiano da tecnologia mundial, a startup Lemon. O primeiro serviço, um aplicativo para controle de gastos pessoais, dá sinais de que a empresa vai prosperar: em menos de um mês, o programa registrou 400.000 downloads. De São Francisco, na Califórnia, Isabel conversou por telefone com a reportagem de VEJA, para explicar os planos como empreendedora e também comentar o atual cenário do universo de tecnologia.

Como você chegou ao MIT?
Em 2006, quando me preparava para os processos seletivos e vestibulares, tinha o objetivo de estudar no ITA [Instituto Tecnológido de Aeronáutica, em São José dos Campos]. Antes de ingressar, quis conhecer a história do instituto e acabei descobrindo que o fundador do ITA fez parte do famoso MIT. Na época, não conhecia a possibilidade de estudar no exterior, mas sabia que o MIT já era considerado um dos melhores do mundo. Fiquei interessada e participei de seis etapas de qualificação – que inclui informações pessoais, coleta de recomendação de ex-professores, redações em inglês e entrevista com um ex-aluno do próprio MIT. Não é um processo complicado, mas é desconhecido pelos brasileiros. Em quatro anos, acabei me aventurando em outras carreiras e consegui me formar em ciências da computação, matemática, economia e administração. Saí do MIT com quatro diplomas.

Que papel você que desempenhou no Google?
Ingressei no Google em 2009 durante o programa de mestrado profissional, que inclui uma parceria entre a empresa e o MIT. Na sede da companhia, em Mountain View, trabalhei na área de desenvolvimento para aprimorar o serviço de tradução do Google, conhecido como Translate. Não concluí o curso para tocar outros projetos em uma empresa menor, mas posso terminá-lo em outra ocasião.

E na Microsoft, em qual área trabalhou?
Participei da construção de agregadores de RSS, além de fazer parte de uma startup interna que promoveu a criação de um serviço com uma webcam que identifica gestos. Um dos momentos mais inesquecíveis na empresa foi o dia em que fui convidada – com outros estagiários – para visitar a casa de Bill Gates. Acabei conhecendo a família dele, mas infelizmente não pude registrar nenhum momento do encontro: câmeras e celulares foram confiscados antes.

Hoje, você dedica parte de seu tempo a Lemon (acima, imagem do site da empresa). Por que largou gigantes do setor para se dedicar à própria empresa?
Com a experiência que adquiri no MIT, descobri que empreender, por ora, é o meu caminho. Acredito que seja o momento ideal para aprender com produtos que estão em fase embrionária. Já temos 18 empregados e a ideia é expandir cada vez mais. Basicamente, oferecemos nos dispositivos móveis e na web um aplicativo gratuito que oferece auxílio na organização dos gastos pessoas, digitalizando toda informação. Em menos de 30 dias, o serviço já está em uso por 400.000 pessoas.

Olhando para os grandes atores de tecnologia: pode-se dizer que o Facebook desempenha papel tão importante como o Google o fez anos atrás?
O Facebook é a empresa da vez, vem demonstrando um crescimento incomparável. É a companhia que mais empolga jovens americanos atualmente.

Recentemente, Mark Zuckerberg disse que criaria uma sede do Facebook em Boston, longe, portanto, do Vale do Silício. Na sua opinião, é imprescindível estar no Vale?
Tenho absoluta convicção de que o Facebook não seria essa potência se tivesse sido criado em Boston. O Vale do Silício tem um passado que merece respeito, maior disponibilidade de capital e, é claro, uma cultura que respira tecnologia.

Atualmente, a maior briga no mundo da tecnologia é mesmo entre Facebook e Google?
Sim. Mas ainda acredito que Apple, Amazon e Dropbox são gigantes que buscam desbravar novos terrenos. Todos, sem exceção, dividem seus esforços entre vários produtos."

Que o exemplo dela sirva de motivação para você, que está começando o ano de 2012, achando que tudo é muito difícil. Realmente é difícil, mas só quem pode dizer que algo é impossível pra você é Deus. E Ele não diz isso. Logo, caia dentro dos seus trabalhos e estudos e vamos pra frente. 2012 está começando. Um ano de luta, trabalho e, se Deus quiser, sucesso no final!

A aprovação é logo ali.

Beijomeliga.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Conselhos de um vencedor

Meus queridos,

neste início de ano, vou compartilhar com vocês partes de textos que tenho lido no meu atual livro: a biografia do maior empreendedor brasileiro, Eike Batista. Antes que vc possa pensar em qualquer julgamento, não sou um fã do Eike Batista, mas considero que ninguém chega onde ele chegou sem brilhantismo. Obviamente, diversas circunstâncias acabaram por 'facilitar' o caminho dele, mas ele tem muito merecimento por ter chegado onde chegou. Lá vão partes que considerei interessantes:

Alta Floresta foi um garimpo onde Eike Batista levantou US$ 6 milhões depois de ter perdido mais de US$ 800 mil confiando em maus sócios e em operações desastradas. Depois de ter levantado o montante de US$ 6 milhões, resolveu mudar o modelo em operação, copiando a produção de estanho na Amazônia. Viu seu capital minguar para US$ 300 mil.

"É interessante como a vida parece brincar conosco em algumas ocasiões. Eu podia ter colocado de novo a mochila nas costas e retornado ao Rio em busca de emprego. Ou concluído minha graduação em Engenharia. Ou simplesmente procurado conforto em casa ou nos braços de uma namorada. A personalidade de cada um se forja em situações críticas como essa. Mais um estresse e novamente tive a felicidade de tomar a decisão correta. Acreditava com todas as forças que havia muita riqueza ali, no garimpo de Alta Floresta. E era questão de tempo até que todo aquele ouro ainda não descoberto jorrasse na superfície."

"Alta Floresta nunca saía da minha cabeça, mesmo quando o ouro demorou a chegar. Eu sabia que, em algum momento, ele apareceria - como de fato apareceu - por lá. As pesquisas são infalíveis? São 100% exatas? Não. As pesquisas são um guia, um norte do empreendedor. É possível dispor de sensibilidade fantástica e talento inigualável para antever cenários ou circunstâncias de um negócio. Ainda assim, se não tiver a ciência ao lado, o empreendedor pode escorregar.
(...)
Até então minha história de sucesso se forjara na Amazônia, em fronteiras do país. Muita gente dizia que eu era maluco, com a idade que eu tinha, de me aventurar no meio da floresta. É possível que alguém de classe média, habituado a viajar para a Europa e morar na cidade grande, não estivesse disposto a fazer o mesmo. É difícil explicar, mas há alguma coisa que é inata e escapa à genética, à formação familiar, à educação.
Alguma coisa nessa história é muito minha. Nem tudo na vida respeita a lógica, o explicável e o previsível. Estou sempre disposto a enfrentar um desafio, a encarar o desconhecido, a topar com uma nova aventura. Não se trata de uma visão romântica de desbravador. É algo que tem a ver com meu espírito, minha personalidade. O fato é que me sinto realizado em fazer o que ninguém fez, e a realização é tanto maior quanto mais as pessoas me dizem que aquilo é um sonho inalcançável.
Um sonho é um sonho até que se acorde. Um homem pode seguir dois caminhos: acalentar esse sonho ou arregaçar as mangas e pensar no que é preciso parar torná-lo realidade.
Um sonho é um passo em direção a uma conquista. O problema é quando alguém enxerga o sonho como algo inatingível. Nesse momento, a pessoa corre o risco de transpor a tênue fronteira entre a aspiração e a frustração. Os grandes projetos são feitos do mesmo material dos sonhos, mas a partir da mente de um realizador que sabe onde encontrar gente e matéria-prima necessárias para tornar vivo o que era apenas um esboço, ideia vaga e apaixonante, mas ainda assim sopro, desenho.
A diferença entre o sonhador e o realizador é que o segundo faz acontecer. A realização é a concretização. O sonho é apenas a matéria-prima.
Um sonho deve impelir ao movimento, nunca à estagnação. Foi sempre assim comigo."

Imagine você, querido leitor, quantas vezes foi chamado de maluco por ter um sonho. Agora saiba que os grandes realizadores também passaram pela mesma situação. Quantas vezes vc vai precisar passar por isso? Só o tempo vai dizer. Porém, o tempo vai mostrar que a sua intuição estava correta. E a sensação de ter realizado o sonho é totalmente ímpar. Vale a pena!

Feliz 2012 a todos!

Beijomeliga.